SC tem menor índice de jovens que ‘nem-nem’ no Brasil; entenda
Apenas 10,6% da população de 14 a 24 anos está nessa situação
• Atualizado
Santa Catarina registrou a menor taxa de jovens que não estudam nem trabalham no país. Apenas 10,6% da população de 14 a 24 anos está nessa situação, enquanto a média nacional é de 17,3%. Os dados foram divulgados pela Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan).
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A expressão “nem-nem” refere-se à denominação inglesa NEET: Not in Education, Employment, or Training. Em tradução literal, significa que a pessoa “não estuda, não trabalha, e não está em formação”. A palavra caracteriza os jovens que por algum motivo se encontram fora do mercado de trabalho e fora do sistema educacional.
Estado se destaca na qualificação e inserção dos jovens no mercado de trabalho
Os dados, baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, revelou que o Estado se destaca na qualificação e inserção dos jovens no mercado de trabalho.
Entre 2022 e 2024, o índice de “nem-nem” catarinenses variou de 10,2% para 10,6%, mantendo-se o mais baixo do Brasil. Distrito Federal (10,7%) e Rio Grande do Sul (11,6%) aparecem na sequência.
A preocupação com essa faixa etária não é apenas estadual. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 20,4% dos jovens no mundo não estudam nem trabalham.
Na América Latina, esse índice caiu de 21,3% (2019) para 19,6% (2023), mas ainda preocupa. No Brasil, a taxa também recuou de 18,3% para 17,3% entre 2022 e 2024.
Maioria dos “nem-nem” são mulheres
O recorte de gênero acompanha a tendência global: em Santa Catarina, 63,5% dos “nem-nem” são mulheres, enquanto 36,5% são homens.
Além disso, a análise demográfica aponta que 65,3% desses jovens se identificam como brancos, 33,8% como pretos ou pardos e 0,88% como indígenas.
Apesar da leve alta no percentual de jovens sem estudo e emprego, o Estado segue com um dos menores índices de desocupação na faixa de 18 a 24 anos (5,4%), atrás apenas de Mato Grosso (4,7%) e Paraná (5,3%).
Para o Secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy, os números refletem políticas públicas eficazes. “A média catarinense de desocupação juvenil é 58% menor que a nacional. Nosso compromisso é fortalecer a educação básica, técnica e profissional, garantindo oportunidades para essa geração”, afirma.
O governo estadual reforça que seguirá investindo na qualificação profissional e na criação de oportunidades para garantir que cada vez mais jovens tenham acesso ao mercado de trabalho e à educação.
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