Santa Catarina sofre com falta de energia após temporais e greve na Celesc
Diversos serviços essenciais estão sendo afetados pela falta de luz, incluindo o de radiodifusão na Serra catarinense
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Santa Catarina enfrenta problemas no fornecimento de energia elétrica desde o fim de semana. As fortes chuvas provocaram danos à rede, mas a situação se agravou em virtude da greve deflagrada pelos trabalhadores das Centrais de Energia Elétrica de Santa Catarina (Celesc), que teve início nesta segunda-feira (22).
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Diversos serviços essenciais estão sendo afetados pela falta de luz, incluindo o de radiodifusão na Serra catarinense. A legislação prevê que greves em serviços públicos ou essenciais devem manter equipes mínimas para o atendimento de urgências, mas há questionamentos sobre o cumprimento dessa obrigação.
Trabalhadores querem valorização
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores (Sinergia), a paralisação foi aprovada em assembleia na última quarta-feira (17). A mobilização da classe atinge unidades da Celesc em todo o estado.
A categoria reivindica reajuste salarial, retomada de direitos retirados em negociações anteriores e a valorização da empresa como pública. O diretor do sindicato, Leonardo Contin, afirmou que a greve é uma demonstração de unidade dos trabalhadores.
O sindicato garante que todos os serviços emergenciais estão sendo mantidos e pede a compreensão da população.
30% do atendimento mantido
Por telefone, a assessoria da Celesc confirmou que 30% do atendimento está preservado para as situações mais urgentes, conforme exigido pela legislação. A empresa ressalta que os eletricistas seguem trabalhando para restabelecer o sistema elétrico após os temporais.
Em nota oficial, a Celesc lamentou a decisão do sindicato e afirmou que apresentou avanços significativos em sua última proposta de negociação, incluindo reajuste salarial pela inflação, aumento no vale-alimentação e concessão de um vale extra em 2026, atualização de auxílios pelo índice inflacionário e a manutenção de programas de saúde e bem-estar.
A companhia destaca que os serviços de urgência continuam funcionando e orienta os clientes a priorizarem os canais digitais (clique aqui e veja), além dos totens de autoatendimento espalhados pelo estado, saiba onde estão os totens.
Próximos passos
Enquanto consumidores relatam prejuízos, órgãos como o Ministério Público de Santa Catarina, Ministério Público do Trabalho e Procon-SC acompanham a situação. A expectativa é de que essas instituições avaliem se os serviços essenciais estão de fato sendo assegurados durante a paralisação.
As negociações entre empresa e sindicato devem prosseguir nos próximos dias.
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