Saiba o que diz a acusação e a defesa de Bolsonaro sobre o julgamento
Os réus são acusados de arquitetar suposto golpe de Estado após a derrota das eleições em 2022
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Os onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) começarão a julgar, na próxima terça-feira (02), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados que compõe o “núcleo 1”. Os réus são acusados de arquitetar suposto golpe de Estado após a derrota das eleições em 2022. Se condenado pelos cinco crimes que é acusado, Bolsonaro pode pegar até 43 anos de prisão.
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Além do ex-presidente, serão julgados o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa com Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
Os réus são acusados por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Com exceção de Ramagem, que teve parte da ação penal suspensa após um embate entre a Câmara dos Deputados e o Supremo, eles também respondem por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Acusação contra Bolsonaro
O ex-líder é acusado de comandar uma organização criminosa com articulação para impedir a posse do governo eleito. A PGR sustenta que o ex-presidente realizou ataques contra o sistema eleitoral brasileiro, incitou publicamente a intervenção das Forças Armadas, utilizou a estrutura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar a participação de eleitores no pleito de 2022 e, após a derrota, atuou para que “Lula não subisse a rampa”.
Ainda segundo a denúncia, Bolsonaro discutiu a trama golpista em pelo menos duas reuniões no Palácio da Alvorada, entre novembro e dezembro de 2022.
A PGR, ao citar o crime de organização criminosa armada, indicou agravantes e causas de aumento de pena, como o emprego de arma de fogo, participação de funcionário público e exercício de liderança. Esses agravantes podem fazer com que só essa pena supere 17 anos.
*Com informações do SBT News
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