Projeto ‘Reconstruindo Vidas’ emprega reeducandos na limpeza de cemitérios em Florianópolis
O trabalho é coordenado pela Subsecretaria de Manutenção e Serviços da Prefeitura
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	Florianópolis é um exemplo de reinserção social e serviço público. Pela primeira vez na história centenária do Cemitério São Francisco de Assis, a limpeza e a manutenção estão sendo mantidas o ano inteiro por meio da força de trabalho de reeducandos da Penitenciária de Florianópolis. Eles atuam, inclusive, na preparação para o Dia de Finados, quando o movimento nos cemitérios aumenta.
O trabalho faz parte do “Projeto Reconstruindo Vidas“, e é coordenado pela Subsecretaria de Manutenção e Serviços da Prefeitura de Florianópolis, em cooperação com a Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri). Atualmente, até 25 reeducandos atuam nas ações de limpeza e manutenção urbana, com foco principal nos cemitérios do Itacorubi e São Cristóvão (em Coqueiros), além de dar suporte à rede municipal de 13 cemitérios.
Trabalho e reinserção social
Segundo o secretário de Infraestrutura e Manutenção da Cidade, Rafael Hahne, o projeto é uma das soluções mais significativas dentro da pasta. “Das muitas formas de operação que temos ,com equipes próprias, terceirizadas e empresas contratadas, aprecio muito essa que dá chance de reinserção a apenados em fase final de cumprimento de pena“, afirma.
Os reeducandos recebem um salário mínimo mensal, dividido da seguinte forma: 50% para despesas pessoais, 25% depositados em conta-poupança (acessível apenas após o cumprimento da pena) e 25% destinados a um fundo rotativo. Além disso, a cada três dias trabalhados, é concedido um dia de remissão de pena.
O subsecretário Oscar Vasques Filho explica que o grupo realiza tarefas como roçagem, poda, pintura, limpeza e remoção de resíduos. Os reeducandos também auxiliam em pintura de meio-fio e manutenção de áreas públicas, especialmente durante o preparo para o Dia de Finados. “Para a data, foram instaladas caixas estacionárias para descarte de resíduos e sanitários móveis em todos os cemitérios municipais”, detalha Vasques.
Cuidados e conscientização
Além da limpeza, a ação tem um papel importante na prevenção de doenças. A Prefeitura pede para que famílias mantenham os túmulos limpos e evitem o acúmulo de água, utilizando vasos com furos e retirando embalagens plásticas de flores e arranjos, medidas que ajudam a combater o mosquito da dengue.
O Cemitério São Francisco também conta com pessoas ligadas à Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA). Esses reeducandos contribuem em atividades diversas, como digitalização de registros, apoio a sepultamentos e eliminação de focos de mosquito, destaca Luiz Dorizete Pinto, chefe da Divisão de Logística do Departamento de Cemitérios e Central de Óbitos.
Durante o ano inteiro, o grupo realiza poda de árvores, limpeza das quadras, remoção de resíduos e aplicação de pó de asfalto nas vias internas. No Cemitério São Cristóvão, os trabalhadores do programa mantêm uma rotina semanal de manutenção, com reforço especial para o período de Finados, segundo Vinícius Mateus de Oliveira, chefe da Divisão de Cemitérios.
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