Projeto de SC converte carros movidos a gasolina em elétricos

Você sabia que as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) tem um projeto pioneiro no Brasil para transformar carros movidos a gasolina em elétricos? O projeto é fruto de uma parceria inédita junto ao Laboratório de Mobilidade Elétrica (Emol) do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

O espaço é parte de uma transformação que acontece no mundo inteiro, sendo fundamental para a substituição dos veículos de motor a combustão por elétricos. Mas em Santa Catarina, eles dão um passo além, os mecânicos do laboratório substituem os motores nos próprios carros.

Segundo especialistas, um carro a combustão, isto é, a gasolina, diesel ou etanol, rende aproximadamente 25%. Na prática, isso significa que, se você abastecer com R$10 de gasolina, R$ 2,50 viram energia útil e os outros R$ 7,50 restantes, se tornam calor, ou seja, são desperdiçados. Já nos carros elétricos, o desperdício é menor. Cerca de R$ 9,50 é energia útil e só R$ 0,50 centavos são desperdiçados. A maior eficiência dos motores elétricos traz mais economia para os motoristas, uma vantagem que levou a Celesc a optar pela mudança na frota.

A partir da parceria firmada entre a Celesc e o Instituto Federal Santa Catarina (IFSC), quatro veículos considerados “leves” foram transformados em carros elétricos. Com o sucesso na primeira fase, eles decidiram ousar um pouco mais: trocar os motores de parte da frota da companhia.

A frota de carros elétricos cresce cada vez mais em Santa Catarina. O aumento é possível por meio do investimento em infraestrutura pelas ruas e rodovias do estado. Um exemplo disso é a criação do corredor elétrico que deve levar eletropostos a pelo menos 100 cidades. Assim, ao colocar um carro elétrico na estrada, os motoristas têm a segurança de poder reabastecer.

Um desses formandos é o João Vitor Calazans, estudante de engenharia elétrica no IFSC, ele é um dos oito bolsistas do projeto Convert2 e participou da transformação dos veículos desde o começo.

A transformação nas frotas proposta pela Celesc, por menor que possa parecer, gera uma reação em cadeia, mexe com o mercado de trabalho, com a pesquisa, o ensino na área e, claro, com o serviço que é oferecido aos catarinenses que dependem da eletricidade da companhia, porém o maior ganho vai ser para o meio ambiente.

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