Prefeitura divulga causa da espuma da Lagoa da Conceição; saiba o real motivo

A espuma observada nos últimos dias na superfície da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, não tem relação com despejo irregular de esgoto. Segundo análises realizadas nesta terça-feira (14) pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o fenômeno tem como causa o resultado de uma floração de alga natural, provocada por condições ambientais temporárias que favorecem o aumento de algas microscópicas conhecidas como fitoplâncton.

De acordo com o levantamento técnico, a ocorrência é multifatorial, influenciada por fatores como ventos predominantes, elevação da temperatura da água, estratificação térmica, circulação interna e disponibilidade de nutrientes. Esses elementos podem ter origem tanto natural quanto antrópica (relacionada à ação humana), mas não foram identificadas fontes diretas de poluição.

Análise da água

Durante a inspeção, a equipe da Blitz Sanear, programa de fiscalização ambiental da Prefeitura, não encontrou indícios de lançamento irregular de esgoto. “A espuma observada na superfície da lagoa é composta por espuma de algas, e não por esgoto sanitário, óleos ou combustíveis. Neste caso, não há motivo para autuação ou lavratura de auto de infração, uma vez que não foi identificado nenhum agente poluidor pontual”, explica Bruno Luiz, subsecretário de Saneamento.

A Prefeitura de Florianópolis diz que mantém programas permanentes de controle e inspeção de ligações irregulares de esgoto, como o Floripa Se Liga na Rede, que já vistoriou praticamente 100% dos imóveis do entorno da lagoa, além da própria Blitz Sanear, responsável por fiscalizações ambientais e sanitárias contínuas.

Além das ações de monitoramento, a administração municipal destacou que a nova ponte da Lagoa da Conceição trará benefícios diretos ao ecossistema local. O projeto promete melhorar a circulação e a renovação da água, reduzir a concentração de nutrientes, aumentar a oxigenação e diminuir o risco de novas florações de algas, odores e mortandade de peixes.

“O que percebemos é que a floração de algas já aconteceu outras vezes e até mesmo em outros locais. É importante reforçar que o fenômeno é natural e comum em lagunas costeiras e corpos d’água rasos, especialmente em períodos de calor e ventos”, explica o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alexandre Waltrick.

A Prefeitura informou que segue acompanhando a situação em parceria com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), que ainda deve divulgar os resultados definitivos das amostras coletadas nesta terça-feira.

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