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Prédio reformado pelo Retrofit no centro de Florianópolis; veja como ficou

O prédio reformado pelo Retrofit conta com 46 apartamentos de longa e curta estadia no coração da rua Trajano, no centro de Florianópolis.

• Atualizado

Sofia Gonzalez

Por Sofia Gonzalez

Em vigor desde julho de 2024, a lei do Retrofit tem começado a dar novos ares ao centro de Florianópolis. A legislação simplifica a revitalização de imóveis antigos, flexibilizando regras do plano diretor e permitindo o reaproveitamento de estruturas já existentes, o que pode representar um novo ciclo para prédios históricos da capital.

Um exemplo disso é um edifício localizado na rua Trajano, reinaugurado há cerca de um mês. Antes ocupado por uma universidade, o prédio ficou abandonado por quatro anos até receber investimentos com base na nova lei. Hoje, abriga 46 unidades residenciais gerenciadas pela xtay, além de uma loja com acesso direto à rua e espaço para coworking. Os apartamentos, com metragem entre 30 e 80 metros quadrados, comportam até quatro pessoas e podem ser alugados para curta ou longa permanência.

“A lei facilitou a emissão de alvarás e a adaptação de pontos como calçadas e acessibilidade. Tudo isso, claro, com segurança e os laudos exigidos pelos bombeiros”, explica Yuri Aguiar de Espindola, gerente de operações da Xtay em Santa Catarina.

A expectativa dos investidores é de retorno em cerca de cinco anos. Até agora, quatro dos 12 andares já estão em funcionamento. Para a Maratona Internacional de Florianópolis, que deve reunir cerca de 20 mil pessoas em agosto, a ocupação está 100%.

  • Prédio reformado pelo Retrofit no centro de Florianópolis.
  • Prédio reformado pelo Retrofit no centro de Florianópolis.
  • O prédio reformado pelo Retrofit conta com 46 apartamentos de longa e curta estadia no coração da rua Trajano, no centro de Florianópolis.

A vereadora Manu Vieira, que mora em uma das unidades para testar a viabilidade do projeto, afirma que o Retrofit pode reverter o esvaziamento do centro. “Queremos que a região deixe de ser apenas comercial e volte a ter moradores. Mas, pra isso, precisamos da segunda etapa da lei: incentivos econômicos que transformem os investimentos em moradia social”, destaca.

Ela reconhece que o projeto gerou polêmica, especialmente pela possibilidade de aluguéis apenas de alto padrão. “É uma crítica válida, mas queremos equilibrar o uso para moradia e revitalizar a vida no centro”, afirma.

De acordo com um mapeamento do sindicato da construção civil, há mais de 120 prédios com potencial de Retrofit em Florianópolis, públicos e privados. Enquanto a lei favorece o setor privado, a ativação de imóveis públicos depende de cooperação entre prefeitura, estado e união para concessão e uso dos espaços.

Com o Retrofit, a capital busca não só preservar seu patrimônio arquitetônico, mas também solucionar um problema crônico: o déficit habitacional, especialmente no centro da cidade.

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