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PRODUÇÃO

Pomares de maçã na Serra Catarinense crescem quase 25% em cinco anos, aponta mapeamento por satélite

O levantamento aponta que 85% de toda a área plantada com maçã em Santa Catarina está localizada na região serrana

• Atualizado

Rádio Clube

Por Rádio Clube

Pomares de maçã na Serra Catarinense crescem quase 25% em cinco anos, aponta mapeamento por satélite | Foto: Epagri/Ciram
Pomares de maçã na Serra Catarinense crescem quase 25% em cinco anos, aponta mapeamento por satélite | Foto: Epagri/Ciram

A produção de maçãs na Serra Catarinense está em plena expansão, conforme revela o terceiro mapeamento por imagens de satélite realizado pela Epagri/Ciram. Os dados mostram um crescimento constante da área cultivada: de 12.060 hectares em 2020, os pomares alcançaram 14.981 hectares em 2025, representando um aumento de aproximadamente 24,2%. No mapeamento anterior, de 2023, a área aferida era de 14.026 hectares.

Kleber Trabaquini, pesquisador da Epagri/Ciram e doutor em sensoriamento remoto, explica que esse mapeamento é parte do monitoramento da cultura no estado. Ele observa uma dinâmica peculiar na região serrana, com a redução da área plantada em alguns municípios, como Fraiburgo, coexistindo com um crescimento expressivo em outros, como São Joaquim e Bom Jardim da Serra.

O levantamento aponta que 85% de toda a área plantada com maçã em Santa Catarina está localizada na região serrana. São Joaquim se destaca como líder nacional em área plantada e produção, com 10.912 hectares cultivados com macieiras. Este número representa 63% do total estadual e impressionantes 34% de toda a área de maçã do país.

Trabaquini adianta que, até o final do ano, a Epagri/Ciram expandirá o mapeamento por satélite dos pomares de maçã para todo o território catarinense. “Nesta primeira etapa, os dados foram produzidos para a região de maior produção”, contextualiza.

Tecnologia de satélite aprimora mapeamento e reduz erros

A precisão dos dados tem sido aprimorada com o uso de tecnologia de ponta. O primeiro mapeamento, realizado na safra 2019/20, utilizou imagens Sentinel-2, com 10 metros de resolução. Já nos mapeamentos de 2022/23 e 2024/25, foram empregadas imagens CBERS-2, sensor WPM, com 2 metros de resolução espacial. “Através destas imagens é possível obter um mapeamento com melhor proximidade dos dados, ou seja, menor erro no mapa final”, destaca o pesquisador.

Além do mapeamento dos pomares, o estudo também investigou a área coberta com telado antigranizo, utilizando imagens orbitais do CBERS 4A. Os resultados indicam que aproximadamente 23% dos pomares na região serrana possuem cobertura com tela antigranizo, uma importante medida de proteção contra eventos climáticos extremos.

A equipe responsável por este mapeamento inovador é composta por Kleber Trabaquini, pelo geógrafo e assistente de pesquisa da Epagri/Ciram Valci Vieira, e pela estudante de Agronomia da UFSC Emily Martiniski.

Mapeamento dos Pomares | Foto: Epagri/Ciram

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