PF investiga indústrias de bebidas em SC após alerta de intoxicação por metanol
Durante as inspeções, a Polícia Federal coletou amostras representativas de produtos fabricados e armazenados pelas empresas fiscalizadas
• Atualizado

Em resposta a casos suspeitos de intoxicação por metanol, a Polícia Federal (PF) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) deflagraram nesta sexta-feira (3) uma operação de fiscalização em indústrias de bebidas localizadas em Joinville, no Norte de Santa Catarina e Chapecó na região Oeste catarinense.
Além de SC, as ações se concentraram também em São Paulo e Minas Gerais, nas cidades de Poços de Caldas (MG) e Campinas (SP). Segundo a PF, a iniciativa acontece após registros de intoxicações graves, incluindo uma morte confirmada em São Paulo, atribuídas ao consumo de bebidas adulteradas.
Durante as inspeções, a Polícia Federal coletou amostras representativas de produtos fabricados e armazenados pelas empresas fiscalizadas. Conforme a PF, o material será submetido a análises químico-sanitárias em laboratórios especializados. O objetivo é identificar a conformidade dos insumos utilizados, a eventual presença de substâncias proibidas ou em concentrações acima do permitido por lei, além de avaliar a rastreabilidade dos lotes e a responsabilidade pela fabricação ou manipulação.
De acordo com a Polícia Federal, a operação busca coibir práticas criminosas e reforçar a segurança. A preocupação principal das autoridades é com o uso do metanol, substância altamente tóxica, cuja ingestão pode provocar graves danos ao sistema nervoso, cegueira e até morte.
A autoridades alertam que a adulteração de bebidas com produtos químicos proibidos é considerada crime e representa um risco direto à saúde pública.
Os órgãos responsáveis ainda não divulgaram os nomes das empresas fiscalizadas, mas destacaram que os resultados laboratoriais vão orientar os próximos passos da investigação. Caso sejam confirmadas irregularidades, as indústrias poderão ser responsabilizadas criminalmente e sofrer autuações sanitárias.
Além disso, há possibilidade de recall de lotes contaminados e de novas medidas regulatórias para ampliar a fiscalização em todo o país.
A PF informou que os desdobramentos devem incluir a divulgação dos laudos periciais, a identificação dos responsáveis e a definição de medidas emergenciais para evitar novos casos de intoxicação.
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*Com informações do SBT News
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