Pesquisa aponta aumento recorde no gasto de turistas na Serra de SC
O gasto médio dos turistas subiu 26% em relação ao ano passado
• Atualizado

A temporada de inverno de 2025 trouxe resultados recordes para o turismo na Serra Catarinense. Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (24) pela Fecomércio SC, o gasto médio dos turistas subiu 26% em relação ao ano passado, alcançando R$ 3.550 por grupo de visitantes, o maior valor desde o início da série histórica, em 2017.
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O presidente da entidade, Hélio Dagnoni, avaliou o resultado como muito positivo. É o segundo ano seguido em que o indicador registra crescimento acima de 25%. Em 2024, o aumento havia sido de 27%. A maior parte das despesas foi com alimentação (36%), seguida por hospedagem (24%), comércio local (15%), lazer (13%) e transporte (12%).
O levantamento mostrou que o público de inverno é majoritariamente nacional (99,8%), sendo 60,4% catarinenses, principalmente das regiões da Grande Florianópolis e Vale do Itajaí. Já a participação de turistas de outros estados subiu de 37% para 39,4%, com destaque para São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Outro dado relevante é a idade média dos visitantes, de 45 anos. O grupo acima dos 60 anos dobrou em relação à média histórica, passando de 7,6% para 14,1%. Quanto à renda, a maior fatia está na faixa entre 5 e 8 salários mínimos (24%), seguida por 2 a 5 salários mínimos (21%). Cresceu também a presença de turistas de alta renda, com mais de 15 salários mínimos.
No transporte, o carro próprio segue sendo o principal meio de chegada (86,1%), mas o acesso aéreo apresentou crescimento, alcançando 7,2%. Quem chega de avião gasta, em média, 78% acima da média geral, chegando a R$ 5.995 por grupo.
Destinos e atrações
Entre os municípios mais procurados estão Urubici (53,6%), São Joaquim (17,6%) e Lages (17,6%). A hospedagem em hotéis ou similares foi a escolha de 52% dos turistas, enquanto 24% optaram pela locação de imóveis.
O ponto turístico mais citado foi o Morro da Igreja (8,3%), seguido pela Serra do Corvo Branco (7,2%) e pela Serra do Rio do Rastro (6,6%). O enoturismo também vem ganhando força, com quase 12% dos visitantes incluindo vinícolas e vinhedos no roteiro.
Movimento na economia
Além do aumento no gasto médio, a pesquisa identificou reflexos diretos na economia local. 15% das empresas serranas contrataram funcionários extras para atender a demanda da temporada, um índice superior ao do ano passado (12%). Em média, cada negócio contratou 1,9 colaborador adicional.
Outro destaque foi o aumento do ticket médio por estabelecimento, que chegou a R$ 354, um crescimento de 25% em relação a 2024. “Esses dados comprovam a profissionalização dos destinos turísticos e a diversificação de atrações, que fortalecem a Serra como polo de natureza, aventura e gastronomia”, ressaltou Dagnoni.
A pesquisa foi realizada entre julho e agosto em 10 municípios da Serra Catarinense, com entrevistas feitas a 404 visitantes e 363 empresários.
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