‘Perdi tudo, menos minha filha’ diz mãe sobre tornado que devastou Rio Bonito do Iguaçu
O tornado deixou um rastro de destruição também em outras cidades do Paraná e na Região Oeste de Santa Catarina
• Atualizado
Uma história de sobrevivência emocionou o país em meio à destruição causada pelo tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no interior do Paraná. Uma mãe e a filha se salvaram depois de se protegerem dentro do carro da família, durante o fenômeno climático que devastou cerca de 90% da área urbana do município.
O tornado, de categoria EF-3, passou pela cidade na madrugada de sexta-feira (7) com ventos que chegaram a 250 km/h. A força foi suficiente para arrancar telhados, derrubar casas inteiras, destruir comércios e deixar ruas irreconhecíveis. O cenário após a passagem do fenômeno era de guerra, com casas completamente arrasadas, móveis e veículos revirados, escolas e ginásios reduzidos a escombros.
Em meio ao caos, a mãe e a filha decidiram se abrigar dentro do carro. Quando o vento começou a ficar mais forte, a criança se abaixou rapidamente debaixo do banco do passageiro, enquanto a mãe se deitou sobre ela, numa tentativa desesperada de proteção. O carro acabou sendo atingido e ficou totalmente destruído, mas as duas saíram vivas, um verdadeiro milagre.
“Eu estou feliz de não ter o carro, mas ter minha filha. É a melhor coisa que tem”, disse a mãe, emocionada. O pai, ao ver a cena e o estado do veículo, resumiu o sentimento de muitos moradores que perderam tudo, mas mantiveram o que mais importa, “O carro não dá nada, perdeu, um dia consegue outro. Tendo a família, estando vivo, estando bem”, afirma.
O tornado deixou um rastro de destruição também em outras cidades do Paraná e na Região Oeste de Santa Catarina. Mais de mil pessoas ficaram desabrigadas, seis morreram, cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava, e centenas ficaram feridas, de acordo com os primeiros levantamentos da Defesa Civil.
Apesar da tragédia, a solidariedade tem sido o fio de esperança para os moradores. Equipes de resgate, voluntários e doações de todo o país estão chegando à região para ajudar na reconstrução. Abrigos foram montados, alimentos e roupas estão sendo distribuídos e psicólogos oferecem apoio às famílias traumatizadas.
O governo do Paraná decretou situação de calamidade pública e já iniciou o cadastro das famílias atingidas. A prioridade agora é garantir abrigo, alimentação e reconstruir o que for possível.
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*Com informações do SBT News
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