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Evento

Nomes de referência nacional e internacional se reúnem em Florianópolis para discutir futuro da vida na Terra

Planeta.Doc Conferência reúne lideranças científicas e inaugura a 10ª edição do maior festival de cinema socioambiental do Brasil

• Atualizado

Redação

Por Redação

Nomes de referência nacional e internacional se reúnem em Florianópolis para discutir futuro da vida na Terra | Foto: Divulgação
Nomes de referência nacional e internacional se reúnem em Florianópolis para discutir futuro da vida na Terra | Foto: Divulgação

De 22 a 25 de setembro, mais de 50 nomes de referência nacional e internacional se reúnem em Florianópolis para discutir o futuro da vida na Terra.

O V Planeta.Doc Conferência marca a abertura da 10ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.Doc, consolidando-se como um dos principais fóruns de pensamento crítico, científico e transformador do Brasil e da América Latina.

O encontro acontecerá na UFSC e na Udesc, em um grande ciclo de TED-Talks, rodas de conversas, debates e exibições cinematográficas, com inscrições gratuitas pelo site Sympla.

A programação da Conferência está organizada em três grandes eixos articuladores: Bens Comuns e a Virada Biocêntrica, Cidades Sustentáveis, Florestas e Água, Inovação Social, Impacto e Economia Regenerativa.

Além dos debates, experiências imersivas e exibições especiais de filmes socioambientais vão preparar o público para meses da programação do Festival Planeta.Doc, que será transmitido em todo o Brasil, até o dia 25 de dezembro. A programação completa da conferência pode ser encontrada no site oficial.

“Não se trata apenas de diagnosticar a crise, mas de articular caminhos para a regeneração, para a construção de novas economias, novas cidades, novas relações com os bens comuns e com todas as formas de vida. A proposta da Conferência é catalisar essa virada, chamada de Virada Biocêntrica, colocando o valor da vida no centro das decisões políticas, econômicas e culturais”, destaca a diretora do evento e do Festival Planeta.doc, Mônica Linhares.

Crise climática: a urgência de novos paradigmas

A Conferência ocorre em um contexto global alarmante. A Amazônia se aproxima do ponto de não retorno. O Pantanal já perdeu mais de 30% de sua água desde 1985.

O Cerrado avança para a savanização. Até 2100, centenas de milhões de pessoas poderão ser afetadas por secas severas em zonas urbanas. Ao mesmo tempo, ondas de calor extremas e a perda acelerada da biodiversidade expõem os limites do atual modelo de desenvolvimento.

Não se trata mais de apenas descrever a crise, é preciso reverter o curso da destruição. Para o climatologista Carlos Nobre, um dos palestrantes internacionais confirmados, todos os biomas brasileiros já estão em situação crítica.

Nesse cenário, a Conferência propõe uma “virada biocêntrica”, em que o valor da vida – humana e não humana – esteja no centro das decisões políticas, econômicas e culturais.

Programação

Com um corpo científico de excelência, o evento reúne pesquisadores consagrados em universidades e centros de pesquisa do Brasil e do mundo, ao lado de lideranças dos movimentos socioambientais e de inovação social.

A começar pela tarde de 22 de setembro, quando o teólogo Leonardo Boff; a doutora em Antropologia pela UNAM Letícia Merino; uma das vozes mais incisivas da ecologia política na América Latina, a filósofa, jurista e socióloga Camila Moreno; o diretor do departamento de educação ambiental e cidadania do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marcos Sorrentino, bem como o engenheiro agrônomo Marquito, estarão na conferência ao lado de tantos profissionais renomados.

O mesmo acontece nos outros dias de conferência, com nomes como o economista e professor da PUC-SP Ladislau Dowbor; o criador dos pontos de cultura no Brasil, Célio Turino; o professor da USP especializado em transição energética justa, Célio Bermann, para citar mais alguns desses profissionais.

O evento receberá, também, referências internacionais como Maude Barlow, ativista canadense pelo direito humano à água; o cientista Antonio Donato Nobre, especialista no papel da Amazônia no equilíbrio climático; o climatologista Carlos Nobre, que alerta para o risco de colapso dos biomas brasileiros; o economista mexicano Enrique Leff, expoente da economia regenerativa; o italiano Ugo Matteu, que é professor emérito da Universidade da Califórnia, professor titular da Universidade de Turim, na Itália, e estudioso do conceito inovador dos ‘bens comuns’; bem como o arquiteto chinês Kongjian Yu, criador do conceito de “cidade-esponja”, que utiliza a natureza para conter enchentes urbanas, que participará de forma online.

O cineasta Silvio Tendler, conhecido como o “cineasta da memória”, que morreu no último dia 5, e faria a abertura do festival e seria o homenageado do evento. Silvio dedicou sua vida a registrar os grandes personagens da história brasileira e as utopias de seu tempo; com uma filmografia que atravessa gerações, transformou o documentário em instrumento de reflexão e resistência.

Além dos painéis e conferências, haverá experiências imersivas, encontros formativos e sessões especiais de filmes socioambientais, preparando o público para a extensa programação do Festival Planeta.Doc, que se estenderá até dezembro.

Articulação com a COP30

Realizada apenas dois meses antes da COP30, que acontece em novembro no Brasil, a Conferência Planeta.doc terá um papel de incidência política e intelectual, articulando uma carta-manifesto com propostas e compromissos que será enviada formalmente à organização da conferência climática global.

O evento marca também a abertura oficial do Festival Planeta.Doc, que em 2025 celebra sua décima edição com alcance nacional.

Com mais de 1.300 filmes inscritos, o festival contará com uma mostra presencial de cerca de 200 filmes em Florianópolis, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e sessões online acessíveis de todo o Brasil entre 25 de setembro e 31 de dezembro.

A proposta foi selecionada pelo Prêmio Catarinense de Cinema, Edição Especial Lei Paulo Gustavo 2023, executada com recursos do governo federal e lei Paulo Gustavo de emergência cultural, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

O evento conta com apoio institucional da BRAVI (Brasil Audiovisual Independente), Instituto de Conteúdo Audiovisual Brasileiro (ICABI), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Andifes, UFSC, Secart, Experimenta 2025, Sala Verde da UFSC, Curso de Cinema da UFSC, Labcine UFSC, Neambi, TV UFSC, UDESC,IFSC, Unicamp, Fundação Certi, Sapiens Parque, Impetu Hub, Prefeitura Municipal de Florianópolis, Secretaria Municipal de Turismo, Floripa Destino & Região, Hurbana, Santacine, Cine Bunuel, Cineclube Groovy, Cineclube Rogério Sganzerla, Museu da Escola Catarinense, FICA, SINEP-SC, Círculo Artístico Teodora, Ecomoda, IELA Aliança Francesa, Fundação Badesc, Costão do Santinho, Hotel Interclass, Mercado São Jorge, entre outros parceiros e espaços culturais de Florianópolis.

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