Morre Dick Cheney, um dos vice-presidentes mais influentes da história dos Estados Unidos
Segundo o pronunciamento, a causa da morte foram complicações de pneumonia e doença cardíaca e vascular
• Atualizado
Morreu aos 84 anos o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Dick Cheney, o republicano que ocupou o cargo de 46.º vice-presidente do ex-presidente George W. Bush, entre 2001 e 2009. Conforme comunicado da família, Cheney morreu no começo desta terça-feira (4).
Segundo o pronunciamento, a causa da morte foram complicações de pneumonia e doença cardíaca e vascular. O Partido Republicano lamentou a morte de Cheney e relembrou a trajetória dele na política norte-americana e internacional, polêmico, influente e, para muitos, determinante.
Origens e os primeiros passos na política
Richard Bruce Cheney, popularmente conhecido como Dick Cheney, nasceu a 30 de janeiro de 1941, em Lincoln, Nebraska, e cresceu em Casper, Wyoming. Formou-se em ciências políticas pela University of Wyoming (licenciatura e mestrado) depois de ter iniciado estudos na Yale University.
Segundo a biografia, Dick Cheney começou a carreira política nos bastidores como estagiário de um congressista e depois em cargos na Casa Branca sob as administrações de Richard Nixon e Gerald Ford.
Congresso e “salto” para a Defesa
Segundo a biografia In My Time: Apersonal and political memoir ( tradução livre: Em meu tempo: uma memória pessoal e política), Dick foi deputado de 1978 até 1989, quando assumiu o cargo de Secretário de Defesa sob a presidência de George H. W. Bush, no período em que os Estados Unidos participaram da Guerra do Golfo e em que houve uma reorganização pós-Guerra Fria. Foi como secretário que Cheney ganhou reputação como gestor firme da defesa militar e alinhado a uma política internacional assertiva.
A vice-presidência (2001-2009)
Em 2000 foi escolhido como candidato a vice-presidente na chapa republicana com George W. Bush. Com a vitória no Colégio Eleitoral, assumiu em 20 de janeiro de 2001). Durante os dois mandatos (reeleito em 2004), Cheney foi considerado pela revista Forbes um dos vice-presidentes mais ativos e influentes da história norte-americana, com papel central em política externa, segurança nacional, energia e no desenho institucional da presidência.
Após os ataques de 11 de setembro de 2001, Cheney foi figura-chave na resposta norte-americana, na formulação da “guerra ao terrorismo” e no lançamento da invasão do Iraque em 2003, baseada em parte em alegações de armas de destruição em massa (que depois não foram encontradas).
O jornal dos Estados Unidos, The New York Times lembrou do estilo reservado e articulador de Cheney nos bastidores da política. Já o outro grande jornal do país, The Washington Post, por outro lado, relembrou o acidente de caça, em 2006, quando o Dick Cheney feriu o amigo com um tiro. E, por fim, o Financial Times, jornal tradicional que fala sobre negócios e economia, relembrou dos métodos de interrogatório avançados e o grau de transparência do governo durante seu mandato.
O legado de Cheney é polarizado. Para os republicanos, ele era considerado um gestor forte, defensor de uma América de papel global. Porém, a oposição democrata enxergava o líder como símbolo de uma presidência expansiva, marcada por intervencionismo e violação de leis.
Leia Mais
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Instagram, Threads, Twitter e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO