Moraes autoriza que Bolsonaro receba visita de Michelle e filhos na PF neste domingo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou neste domingo (23) que Jair Bolsonaro receba a visita da esposa, Michelle Bolsonaro, e de seus filhos na sede da Polícia Federal, em Brasília. O ex-presidente está preso preventivamente desde sábado (22), após a PF registrar uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que ele era obrigado a usar.

O pedido de visita partiu da defesa do ex-presidente. Na decisão, Moraes estabeleceu que a família poderia encontrar Bolsonaro entre 15h e 17h deste domingo. No entanto, a visita só deve ocorrer caso o ex-presidente permaneça detido após a audiência de custódia, marcada para as 12h.

Bolsonaro é pai de cinco filhos: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), os vereadores Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Renan Bolsonaro (PL-SC), que atua em Balneário Camboriú, além de Laura Bolsonaro, a caçula. A defesa não informou quais deles devem comparecer. Eduardo segue nos Estados Unidos desde fevereiro, alegando sofrer perseguição política.

Prisão preventiva

Bolsonaro foi detido na casa onde cumpria prisão domiciliar, em Brasília, e conduzido à Superintendência da PF. A prisão é preventiva, ou seja, não corresponde ao início da execução da pena de 27 anos e 3 meses de prisão à qual foi condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado. Ele estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto por outro inquérito, que apura eventual participação de Eduardo Bolsonaro em articulações com autoridades dos Estados Unidos para impor sanções a membros do governo brasileiro.

Na decisão que determinou a nova prisão, Moraes escreveu que Bolsonaro teria tentado danificar a tornozeleira às 0h08 de sábado. O alerta foi repassado ao STF pela Polícia Federal. Em depoimento, já detido, o ex-presidente admitiu ter usado um ferro de solda para queimar parte do equipamento.

O ministro também considerou que a mobilização de apoiadores diante da casa de Bolsonaro, convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, representava risco de fuga, reforçando a necessidade da prisão preventiva.

Sessão para referendar a decisão

Moraes convocou ainda uma sessão extraordinária da Primeira Turma do STF, marcada para segunda-feira (24), com o objetivo de submeter sua decisão ao colegiado. A votação ocorrerá no plenário virtual, das 8h às 20h.

A Primeira Turma é presidida por Flávio Dino e formada por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O ministro Luiz Fux deixou o colegiado em outubro, e a cadeira aguarda a nomeação de um novo integrante para que o grupo volte a ser completo.

*Com informações de SBT News.

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