Família de patos atravessa rio coberto por ‘tapete verde’ em SC; entenda situação
IMA notificou as duas empresas por poluição no rio
• Atualizado
 
	Uma família de patos foi flagrada atravessando um “tapete verde” que cobre o Rio São Lourenço, em Mafra, no Planalto Norte de Santa Catarina. Um relatório de vistoria da Polícia Militar Ambiental (PMA) identificou que a vegetação que cobre o rio é a planta aquática Salvinia molesta.
A Salvinia molesta está associada a ambientes aquáticos ricos em nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio. O fenômeno cobriu a água e levantou questionamentos dos moradores sobre a possibilidade de ser um processo natural ou consequência de poluições ambientais.
Família de patos atravessa rio coberto por 'tapete verde' em SC; entenda situação
— SCC10 (@scc10oficial) October 29, 2025
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O que diz a análise
A análise da água do Rio São Lourenço confirmou a alta concentração de fósforo no local. Foram identificados 0,83 miligramas por litro, cerca de 16 vezes acima do limite permitido para rios Classe 2, segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
De acordo com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), o nitrogênio é um fator secundário para proliferação da vegetação. Um abatedouro de aves de uma empresa localizada em Itaiópolis foi apontado como responsável pela poluição.
A análise de fósforo na saída da Estação de Tratamento de Efluentes da empresa registrou 2,7 mg/L de fósforo, 34 vezes acima do valor permitido.

“O problema de licenciamento ambiental retrospectivo deve ser imediatamente corrigido, pois, dada a urgência requerida para solução do problema, os agentes públicos do IMA realizaram os cálculos da capacidade suporte do Rio São Lourenço e a empresa foi notificada a apresentar uma solução dentro de um prazo de 30 dias”, diz a nota do órgão.
Além disso, durante a investigação, os agentes do IMA constataram que uma empresa de Mafra foi responsável por lançar efluente com teor de nitrogênio amoniacal 33 vezes acima do permitido.
“Esse teor elevado de nitrogênio amoniacal da empresa é lançado no Rio São Lourenço, o que potencializa a proliferação da Salvinia molesta e pode intoxicar os peixes, a depender da concentração e pH.”
O IMA notificou as duas empresas para apresentar uma solução dentro de um prazo de 30 dias, a fim de adequar as características do seu efluente às normas ambientais.
O portal SCC10 entrou em contato com as empresas mas não teve retorno até a publicação desta matéria.
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