Médico ensina como diferenciar crises de ansiedade de outras doenças
O médico Fernando Negri explica como reconhecer os sinais e adotar hábitos que ajudam a controlar o problema
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Diante da rotina estressante e da avalanche de informações diárias, crises de ansiedade se tornam comuns, mas podem ser confundidas com outras doenças. O médico Fernando Negri explica como reconhecer os sinais e adotar hábitos que ajudam a controlar o problema. “É preciso conhecer os sintomas para um atendimento mais eficaz”, orienta.
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Principais sintomas de uma crise de ansiedade
As crises podem gerar diversos sintomas físicos, como “sudorese, tontura, aumento da tensão muscular, da pressão sanguínea ou até da frequência cardíaca”, explica Negri, que também é psicanalista.
Além disso, há sintomas subjetivos, como “falta de ar, aperto no peito e dificuldade para respirar”, que, apesar de parecerem físicos, estão ligados a um sentimento de desespero.
Outro alerta do especialista é a semelhança entre os sintomas de ansiedade e os de problemas cardíacos.
“É sempre importante buscar atendimento médico, principalmente em casos de falta de ar ou dor no peito”, recomenda o médico. O diagnóstico correto é feito por exclusão, descartando outras possíveis causas antes de confirmar que se trata de ansiedade.
Como diferenciar uma crise de ansiedade?
Não existem exames laboratoriais ou de imagem que comprovem uma crise de ansiedade. “O diagnóstico é clínico, baseado na análise do médico e no relato do paciente”, destaca Negri.
Por isso, é essencial que a pessoa conheça o próprio corpo e sintomas. “Quanto melhor o paciente relata o que sente, mais precisa será a abordagem médica”, reforça Fernando.
Mudanças no estilo de vida podem ajudar
Dependendo do tipo de ansiedade, o tratamento pode ser temporário ou contínuo. “Em casos de transtorno de adaptação, a ansiedade pode desaparecer quando a situação causadora se resolve. Já a ansiedade generalizada e a síndrome do pânico não têm cura, mas podem ser controladas”, esclarece o médico.
Entre os hábitos que ajudam a reduzir crises estão boas noites de sono, atividade física e alimentação equilibrada. “A privação do sono é um grande fator de risco para transtornos psiquiátricos. Melhorar a qualidade do descanso pode mudar completamente o quadro do paciente”, aconselha.
Além disso, evitar gatilhos pode fazer a diferença. “Excesso de preocupações, acúmulo de tarefas e falta de equilíbrio entre trabalho e lazer são grandes agravantes. O uso desenfreado de telas também pode sobrecarregar o sistema nervoso e aumentar os sintomas ansiosos”, alerta o especialista.
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