Maior coruja da América Latina é registrada por biólogo em Florianópolis
Após oito anos de busca, professor da rede estadual conseguiu fotografar um Jacurutu
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A paciência e a paixão pela vida selvagem renderam um registro inédito ao biólogo e professor Marcelo Yutaro, da rede estadual de Santa Catarina. Após oito anos de buscas pela Ilha de Santa Catarina, ele finalmente conseguiu fotografar um Jacurutu (Bubo virginianus), também conhecido como Corujão-orelhudo, a maior espécie de coruja da América Latina.
O encontro aconteceu em Florianópolis, coroando uma jornada de quase uma década de observação e dedicação. “Há oito anos venho procurando essa espécie na ilha. Era a única coruja da família Strigidae que ainda faltava para eu registrar em Florianópolis. Felizmente, depois de anos de intensa procura, o meu encontro com essa ave maravilhosa aconteceu”, contou Yutaro.
Segundo o biólogo, o Jacurutu pode chegar a 65 centímetros de altura e ter até 1,5 metro de envergadura, o que o torna uma das aves de rapina mais impressionantes do continente. Ele explica ainda que as fêmeas costumam ser maiores que os machos, e a coruja fotografada em Florianópolis é uma fêmea, identificada pela vocalização e porte.
Além do tamanho, o Jacurutu chama atenção por sua importância ecológica. A espécie é uma predadora de topo, alimentando-se de mamíferos de pequeno e médio porte, como ratões-do-banhado e gambás, além de aves, répteis e anfíbios. “Ela desempenha um papel essencial no equilíbrio ambiental, controlando populações de várias espécies que fazem parte de sua dieta”, explica o professor.
Yutaro, que é licenciado em Biologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tem a observação e a fotografia de vida selvagem como hobby. Nos últimos anos, ele vem se dedicando a documentar as espécies de corujas que vivem na Ilha de Santa Catarina.
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