Lula reage a tarifa dos EUA e diz que Brasil não será tratado como ‘republiqueta’
As tarifas começaram a valer a partir desta quarta-feira (6).
• Atualizado
Em pronunciamento realizado no último domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reragiu as imposições de Trump, afirmando que o Brasil não aceitará ser tratado como uma “republiqueta” diante das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A declaração ocorre após o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, aplicar uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros exportados para o país.
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O tarifaço já entrou em vigor nesta quarta-feira (06). O decreto que formaliza as novas taxações foi assinado por Trump na última quarta-feira (30) e amplia a guerra comercial com impacto direto sobre os exportadores brasileiros. Porém, conforme o governo brasileiro, estima-se que cerca de 694 produtos brasileiros estejam isentos do tarifaço, incluindo itens estratégicos como minério de ferro, suco de laranja congelado, combustíveis e aeronaves civis.
Por outro lado, produtos relevantes como café não torrado, mel orgânico, carnes bovinas e peixes passaram a ser tarifados em 50%. Apenas o café torrado e a carne bovina representam, respectivamente, 4,4% e 2,2% do total das exportações brasileiras para os EUA.
Em reação às tarifas, o Lula manteve o tom conciliado, mas impositivo. “Não queremos desafiar os Estados Unidos, mas o Brasil precisa ser respeitado. Não somos uma republiqueta“, disse Lula. O presidente também reforçou a intenção do governo brasileiro de ampliar o uso de moedas alternativas ao dólar nas transações comerciais internacionais, como parte de uma política de autonomia e diversificação econômica.
Segundo o presidente, um plano de contingência está sendo preparado para ajudar as empresas brasileiras prejudicadas pelas novas tarifas. Entre as medidas previstas estão a oferta de linhas de crédito especiais, além da possibilidade de contratos com o governo federal para mitigar as perdas com exportações.
A resposta do Brasil acontece em meio ao aumento das tensões comerciais entre os dois países, após os EUA passarem a tributar produtos como carnes, café e máquinas agrícolas. O impacto atinge cerca de 36% da pauta de exportações brasileiras ao território norte-americano.
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