Justiça de SC pede arquivamento da investigação sobre suposta saudação nazista
Manifestação ocorreu no dia 2 de novembro, em São Miguel do Oeste
• Atualizado

Quase dois meses após a divulgação de um vídeo onde manifestantes estariam realizando uma suposta saudação nazista em São Miguel do Oeste, a Justiça homologou o arquivamento da investigação do Ministério Público que apurou se houve apologia ao nazismo e suposta prática do crime.
O Ministério Público de Santa Catarina concluiu, no dia 18 de dezembro, que o gesto foi uma resposta das pessoas a um chamado do orador para que todos erguessem a mão e emanassem energias à frente, ou seja, em direção à Bandeira Nacional ou ao quartel do Exército.
Segundo os autos, a prática é “culturalmente comum na região, conforme informado pelas testemunhas, relacionado à manifestação religiosa e juramentos”. Ainda conforme o MPSC, foram ouvidas diversas pessoas e estudados ritos religiosos de diferentes crenças para concluir se o gesto estava relacionado a cultos, missas e a rituais de juramentos, como o prestado à Bandeira Nacional em escolas e órgãos públicos em atos cívicos, ou mesmo em formaturas.
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O Promotor de Justiça Rodrigo Millen Carlin afirmou que, na investigação, não houve qualquer indício de que os manifestantes praticaram, promoveram, induziram ou incitaram a discriminação ou preconceito de raça, nem tiveram a intenção de fazer apologia ao nazismo.
O promotor salientou que o arquivamento não significa o “consentimento com atos de intolerância ou preconceituosos (até mesmo porque, a que tudo indica, esses não ocorreram no caso em análise). Entretanto, não se pode atribuir, a qualquer custo e sem elementos mínimos de prova, uma pecha discriminatória aos manifestantes”, concluiu.
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