Correios anunciam plano de reestruturação com empréstimo de R$ 20 bilhões
Segundo a estatal, o pacote inclui ainda a possibilidade de fusões, aquisições e outras reorganizações societárias
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Os Correios anunciaram nesta sexta-feira (21) a aprovação de um plano de reestruturação financeira que busca reverter a crise e restabelecer o equilíbrio fiscal da estatal. Entre as principais medidas está a contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões, cuja conclusão está prevista para o fim de novembro.
Segundo a estatal, o pacote inclui ainda a possibilidade de fusões, aquisições e outras reorganizações societárias, embora a empresa não tenha detalhado quais movimentos podem ocorrer. A estratégia prevê a monetização de ativos e a venda de imóveis, medida que pode gerar até R$ 1,5 bilhão em receita. Além disso, a estatal pretende reduzir em até mil o número de pontos de atendimento deficitários, parte de um universo de cerca de 10 mil unidades espalhadas pelo país, das quais 85% operam com prejuízo, segundo relatório de 2024.
O plano também contempla a implementação de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), a revisão dos custos com plano de saúde, a regularização dos pagamentos a fornecedores e a modernização da infraestrutura operacional e tecnológica. A reestruturação foi dividida em três fases, recuperação financeira, consolidação e crescimento, e terá ações prioritárias nos próximos 12 meses, como garantir liquidez durante a transição para o novo modelo econômico, prevista até 2026.
Em paralelo, a estatal pretende expandir sua atuação no mercado de e-commerce e fortalecer parcerias estratégicas para ampliar a competitividade no médio e longo prazo. A expectativa é reduzir o déficit até 2026 e voltar a registrar lucro em 2027.
No mês passado, os Correios já haviam anunciado um plano para equilibrar as contas em 2025 e viabilizar a recuperação financeira no ano seguinte. Embora a empresa tenha registrado lucro recorde de R$ 2,2 bilhões em 2021, a atual gestão atribui o rombo financeiro à ausência de investimentos estruturais nos anos seguintes e ao aumento de 6% nas despesas nos últimos quatro anos.
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*Com informações do SBT News
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