Catarinenses enfrentam dificuldades para agendar perícia do INSS
Em uma denúncia no MPF, Brian foi informado que há outros catarinenses que aguardam há meses pelo exame
• Atualizado
Desde a greve dos peritos médicos federais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que acabou dia 23 de maio, os catarinenses vêm enfrentando dificuldades para agendar o exame de perícia do INSS. Enquanto não há perícia que comprove a invalidez, o indivíduo não pode ser beneficiado. Há mais de dois meses, o morador de Tubarão, Brian Alvino, segue sem receber nenhum salário, pois depende da realização do exame perícial para voltar ao mercado de trabalho.
Desde que o profissional que atuava como caixa entrou no auxílio doença, em março, sua perícia do INSS foi remarcada duas vezes. Segundo ele, na primeira a justificativa para a remarcação foi que os colaboradores estavam em greve. Na segunda, a justificativa dada foi a de que o sistema realizou o reagendamento “sozinho”. Brian buscou mais informações na Central de atendimento, onde foi informado que a troca havia sido feita dentro do INSS, no Município de Tubarão.
Pai de três filhos, o profissional foi afastado do trabalho por questões de saúde, e relata que está tendo o apoio dos avós para sustentar a família. Em uma denúncia no Ministério Púbico Federal, ele foi informado que há outros catarinenses nessa mesma situação. “Conversei com várias pessoas que também estão sem receber há meses”, relata.
Confira a reportagem sobre as dificuldades para agendar perícia do INSS:
INSS: Peritos médicos encerram greve após 52 dias
Os peritos médicos federais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizaram paralisação das atividades durante 52 dias. O Ministério do Trabalho e Previdência garantiu que os 18 itens da pauta de reivindicações, incluindo reajuste salarial e abertura de concursos públicos, fossem integralmente acolhidos.
Foi assinado um termo de acordo de reposição, em que os valores descontados dos profissionais que aderiram à greve serão “imediata e integralmente” devolvidos e a compensação dos dias não trabalhados será realizada de modo presencial ou remoto, de acordo com a opção do próprio servidor, durante o prazo de oito meses.
A paralisação de quase dois meses levou à fila de 1.094.210 pessoas que aguardam por atendimento no INSS. Do total, 65,2% são usuários que esperam por uma perícia inicial – primeira análise de quesitos para a liberação de benefícios como aposentadoria e pensões. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), o tempo de espera de atendimento tem sido de 90 a 120 dias.
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