Blumenauense de 5 anos é reconhecido como superdotado e entra para grupo de alto QI
Pequeno Thomas impressiona com habilidades extraordinárias, mas pais enfrentam desafios para garantir educação e bem-estar
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Aos cinco anos, Thomas Jose Pazetto Manke já ostenta uma conquista que poucos alcançam na vida: ele foi aceito como membro da Mensa, a famosa sociedade internacional para pessoas de alto QI. Natural de Blumenau (SC), o menino já demonstrava sinais de habilidades acima da média desde muito cedo, surpreendendo a família e os profissionais que o avaliaram. No entanto, a jornada do pequeno gênio também traz desafios que sua família precisará enfrentar para garantir seu desenvolvimento emocional e educacional.
Os primeiros sinais da genialidade
Desde os dois anos, Thomas já demonstrava um interesse incomum por letras e números. Aos três, aprendeu a ler sozinho. Seu gosto por aprendizado não parou por aí: ele decorou todas as bandeiras do mundo e sabe os 193 países em ordem de extensão territorial. Também domina as operações matemáticas, conhece números primos e ordinais e pode falar sobre planetas e sistemas solares com propriedade impressionante.
“Se um assunto desperta interesse, ele busca a fundo sobre o tema. Nunca foi algo forçado por nós, pais. O tema de interesse sempre parte dele, e somos apenas ferramentas para apresentar informações”, explica Jaíne Pazetto Manke, mãe de Thomas.
A decisão de buscar um teste de QI
Apesar dos sinais precoces, os pais encontraram dificuldades para conseguir uma avaliação oficial. “Quando ele começou a ler, buscamos profissionais, mas nos disseram que ele ainda era muito pequeno para um teste de QI”, conta Jaíne.
Apenas aos cinco anos e meio a família encontrou uma neuropsicóloga que transmitiu segurança para iniciar o processo. O diagnóstico final confirmou a superdotação e indicou que Thomas precisava de acompanhamento especializado para lidar com sua condição.
Desafios na escola e na educação
A relação de Thomas com a escola é um dos grandes desafios. “Ele precisa ser constantemente desafiado para não se entediar”, explica a mãe. Até agora, a parceria com a escola tem sido positiva, mas a preocupação dos pais cresce com a chegada do ensino fundamental.
“Visitamos algumas escolas, mas nem todas demonstram interesse por esse tipo de aluno. Escolas tradicionais querem alunos tradicionais. Encontrar uma instituição que compreenda e se adapte às necessidades do Thomas será uma luta”, ressalta Jaíne.
Mesmo com a possibilidade de adiantar o ano letivo, os pais decidiram mantê-lo na educação infantil para garantir que ele possa aproveitar a infância e socializar com crianças da sua idade.
Membro da Mensa: uma conquista e um desafio
A aceitação de Thomas na Mensa foi recebida com orgulho pela família, mas também trouxe reflexões. “Sabemos que essa condição requer atenção, zelo e responsabilidade. É uma grande oportunidade, mas também um desafio”, afirma Jaíne.
Para ajudar o filho a lidar com suas habilidades, ele faz terapia semanalmente. “É uma cabeça que pensa diferente e precisa de ajuda para se conhecer e se encaixar no meio em que vive”, acrescenta a mãe.
O que o futuro reserva para Thomas?
Sem pressão para que ele se torne um “pequeno gênio”, os pais desejam apenas que Thomas cresça feliz, acolhido e compreendido. “Queremos que ele tenha ferramentas para crescer de forma saudável com essa condição. Nosso papel é garantir que ele tenha os melhores profissionais e a melhor educação para seu desenvolvimento”, conclui Jaíne.
A história de Thomas reflete tanto o brilho da genialidade quanto os desafios que famílias de crianças superdotadas enfrentam. Enquanto o pequeno blumenauense segue explorando o mundo com sua curiosidade incansável, seus pais se preparam para garantir que ele tenha um futuro repleto de oportunidades e, acima de tudo, felicidade.
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