Agressão ambiental do fumacê é grande e eficácia contra dengue é mínima, afirma especialista
O infectologista da Fiocruz afirmou em entrevista que o poder dos fumacês, depois que a epidemia está estabelecida, é mínimo.
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O infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rivaldo Cunha, afirmou em entrevista que o poder dos fumacês, depois que a epidemia está estabelecida, é mínimo. “Ele serve para matar mosquitos que estejam voando, mas também mata abelhas e lagartas que fazem parte do micro ecossistema. A agressão ambiental do fumacê é muito grande, além de estimular alergia em crianças que tenham tendência pessoal ou familiar a terem alergias respiratórias”, declarou.
De acordo com informações colhidas pelo Portal SBT NEWS, outro fator que contribui para o estado de emergência decretado no Distrito Federal, em seis Estados e 154 municípios é a capacidade da fábrica de produzir vacinas.
“A vacina ainda não tem fabricação suficiente para atingir um percentual da população para bloquear a transmissão do vírus da dengue. Outras ferramentas também não atingem a totalidade do país porque ainda têm uma abrangência muito limitada. O melhor é que cada um de nós faça a sua parte. Talvez daqui a uns 10 anos a transmissão do vírus seja a menor possível da dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika”, declarou o infectologista.
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Ainda de acordo com o especialista, o grave estágio da dengue em todo o país deve durar pelo menos dois meses. “Do ponto de vista histórico, nos últimos 25 ou 30 anos, as epidemias têm um curso em cidades acima de 500 mil habitantes de 18 a 22 semanas. No caso do Distrito Federal, os casos começaram em dezembro e ainda devem durar de oito a 10 semanas até termos um declínio”, avaliou Rivaldo.
“É importante a mobilização da população para que reduza os focos dos mosquitos. A maioria dos focos está nos domicílios e nos quintais. É importante que os estados preparem a rede de assistência aos doentes”, finalizou o especialista.
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