Filme ‘F1’, com Brad Pitt é um espetáculo cinematográfico que reacende a paixão pela Fórmula 1
Por Roberto Gatti.
• Atualizado
O tão aguardado filme “F1”, estrelado por Brad Pitt e dirigido por Joseph Kosinski (de Top Gun: Maverick), estreou nos cinemas ao redor do mundo e já se mostra um verdadeiro fenômeno. Segundo portais especializados na sétima arte, a produção arrecadou impressionantes US$ 150 milhões (cerca de R$ 811 milhões) na primeira semana em cartaz, conquistando tanto a crítica quanto os fãs do automobilismo.
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Fórmula 1 e cinema: uma combinação de alta velocidade e emoção
A Fórmula 1, que já foi uma verdadeira paixão nacional no Brasil — impulsionada por nomes como Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Felipe Massa — enfrentou, nos últimos anos, uma queda de interesse, especialmente após a ausência de pilotos brasileiros na elite da categoria.
Para reverter esse cenário, a Liberty Media, empresa que detém os direitos comerciais da Fórmula 1, vem investindo pesado na popularização do esporte. Um dos grandes acertos foi a série documental Drive to Survive, da Netflix, que trouxe os bastidores da F1 para o grande público, conquistando novos fãs e reacendendo a paixão dos antigos que estava apagada.
Agora, a aposta é ainda mais ambiciosa: um filme de Fórmula 1 para os cinemas, com a mesma proposta de emoção e realismo que consagrou Top Gun: Maverick. E o resultado é surpreendente.
Uma superprodução digna das pistas.
Em F1, Brad Pitt interpreta Sonny Hayes, um ex-piloto que sai da aposentadoria para treinar um jovem talento. O enredo combina drama, emoção e velocidade, com cenas de corrida gravadas durante grandes prêmios reais da temporada de 2023, trazendo um nível de realismo impressionante, que fazem toda a diferença na produção cinematográfica.
O longa recria com fidelidade o ambiente das pistas, das escuderias e até dos bastidores, com aparições reais de pilotos como Fernando Alonso. A experiência no cinema é intensa: o som ensurdecedor dos motores, os ângulos de câmera imersivos e a tensão em cada curva fazem o público se sentir dentro de um cockpit de Fórmula 1.
Comparações inevitáveis com Top Gun: Maverick
A estrutura do filme lembra bastante Top Gun: Maverick: um veterano em busca de redenção, a parceria (e o conflito) com um novato, romance e batalhas geracionais. Apesar da narrativa previsível, a produção acerta ao entregar uma experiência cinematográfica memorável. A atuação de Brad Pitt é carismática e convincente.
Um filme que reacende a paixão pela Fórmula 1
Mesmo quem não acompanha mais a F1 pode se surpreender com o filme. Ele consegue apresentar os bastidores de forma interessante, mostrar o desenvolvimento técnico dos carros e criar uma atmosfera de tensão e adrenalina que poucas produções esportivas conseguem, ponto positivo para o produção do filme.
Não à toa, muitos já comparam F1 a uma peça de marketing brilhante da Liberty Media — um filme que, além de funcionar como obra cinematográfica, é uma ferramenta eficaz para reconectar o público ao esporte.
Pontos altos e baixos
Se o protagonista convence com folga, o coadjuvante vivido por Damson Idris (Pierce) não tem um arco dramático tão bem desenvolvido quanto o “Rooster” de Top Gun: Maverick, por exemplo. Mas isso não compromete a experiência geral.
O realismo impressiona tanto que é difícil distinguir o que foi feito com CGI e o que foi gravado de forma prática. O público sente a velocidade, vibra com os motores e se emociona com o drama. É cinema com “C” maiúsculo.
Veredito
Para quem gosta de cinema, para quem ama velocidade ou simplesmente procura uma experiência imersiva nas telonas, F1 é imperdível. Com uma trilha sonora de um rock and roll impactante, cenas de tirar o fôlego e um cuidado técnico impecável, o filme entrega o que promete: entretenimento puro com uma boa dose de emoção.
Nota: 8/10
Mas com gosto de 10 para quem viveu cada curva do filme com os ombros tensionados e os olhos vidrados na tela. Talvez os fãs mais puristas da Fórmula 1 se incomodem com a narração explicativa durante as corridas — recurso utilizado para orientar o público menos familiarizado com o esporte —, além de algumas adaptações nas regras que foram necessárias para dar mais fluidez à trama.
Confira o trailer:
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