Atleta catarinense participa de Mundial de Skyrunning na Itália: “Inexplicável”
Competição foi realizada na Itália, em agosto
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Ana Nery vivenciou um misto de emoções e aprendizados no Mundial de Skyrunning, em agosto, que a transformaram como atleta e pessoa. A jovem atleta embarcou para a Itália, onde ocorreu a competição no dia 1º de agosto e disputou duas provas, na categoria Youth B, nos dias 4 e 6 de agosto.
No dia 4, Ana Clara disputou a primeira prova, a Vertical Kilometer (VK), de quilômetro vertical. Foram 3,8 quilômetros, com mil metros de ganho de altimetria. Durante o percurso, Ana enfrentou desconfortos estomacais, o que a fez perceber a importância da hidratação adequada. Apesar do incômodo, Ana terminou a prova em 21º lugar, de 221, ficando com o resultado dentro do esperado por ela e pela equipe de preparação.
Dois dias depois, no dia 6, a atleta catarinense participou de uma prova de 10km com 1,1km de ganho de altimetria. Na prova, superou-se significativamente, reduzindo seu tempo em quase dez minutos em comparação ao VK e terminando em 19º. Mais de 300 corredores participaram da prova. Isso mudou sua perspectiva, mostrando-lhe que era capaz de mais do que imaginava naquele momento.
Ana acredita que mundial, onde vivenciou momentos inexplicáveis, foi a melhor experiência já vivida. “O mundial, assim como o ciclo de treinos, foram marcantes em diversos sentidos. Eu fui evoluindo, fui percebendo que eu sou mais capaz e voltei da Itália com outra cabeça, percebendo que eu consigo fazer muito melhor, querendo treinar muito para melhorar muito mais”, conta Nery.
Acompanhamento até o mundial
E a experiência não se restringiu às provas. Ana mergulhou em diferentes culturas: “Além de descobrir outros países a gente descobre outras tipo culturas dentro do nosso próprio país”, relembra a atleta.
Ao todo, 31 seleções participaram do Mundial de Skyrunning na Itália. O Brasil concluiu sua participação na competição em 7º lugar e destacou-se não apenas pelo desempenho esportivo, mas também pela união e respeito entre os competidores.
“Nosso objetivo não era individual, mas sim como equipe e a gente torceu muito um pelo outro. Os atletas de outros países e os organizadores da prova sempre falavam da energia do Brasil e nosso país foi elogiado pelo nosso companheirismo e respeito. Como equipe eu me senti muito orgulhosa de estar lá representando o Brasil”, conta.
Próximos objetivos
A volta ao Brasil após o Mundial está sendo marcada também pelo retorno ao treinamentos com o objetivo de melhorar o desempenho nas próximas competições. “Já estamos focados em melhorar a velocidade e vamos implementar mais treinos de fortalecimento para evitar possíveis lesões”, destacou Ana.
Vagner, treinador e padrasto da atleta, acompanhou toda a preparação para o mundial, assim como auxiliou à distância a atleta após as duas provas, dando conselhos e avaliando os pontos que Ana poderia melhorar. Agora, após a competição, trabalha auxiliando a catarinense na recuperação pós prova e já pensa nos próximos objetivos da jovem. “A ideia é que a Ana se torne, quem sabe, a melhor Sul-Americana do próximo mundial”, finaliza Vagner,
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