De Guaramirim para o mundo: a trajetória de sucesso da IMAM em cinco décadas

A IMAM, metalúrgica sediada em Guaramirim, no Norte de Santa Catarina, foi criada há 54 anos. A história da IMAM se associa com a de Santa Catarina. São 130 toneladas de ferro fundido que se transformam em mais de mil produtos exportados.

E quando falamos de histórias que se cruzam, falamos sobre a própria BR-280 — que nem sequer existia na época de fundação da IMAM. A empresa é liderada desde 2015, por Estela Stoinski Wiest, filha de um dos fundadores.

“Foi difícil porque basicamente quando eu ingressei — o universo masculino — a gente está falando em função metalúrgica, então o fato de ter uma mulher na liderança e também as atualizações, o crescimento exigindo sempre mais”, destacou a CEO, Estela Stoinski.

E essas exigências farão com que a gestão da IMAM seja mudada em breve. A filha de Estela, Luiza Stoinski — que começou na empresa como auxiliar administrativa — deve se tornar CEO daqui uns anos.

“Em 2017 eu entrei na engenharia com um grande desafio, que foi de conduzir o projeto dessa planta aqui da ‘unidade de fundição’. Desde então venho aprendendo muito, conduzi aqui [na unidade de fundição] por dois anos e fazem dois anos que agora eu estou na matriz e a gente está pegando mais junto ainda nesse processo da sucessão”, conta Luiza, que hoje é diretora da empresa.

A empresa agora está em fase de expansão, com mais um parque metalúrgico e também com a entrada em países da Amércia Latina, e isso foi fruto do trabalho diário da família e também com a ajuda do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). “Quando a gente começou a ter capacidade de agregar tecnologia com máquinas mais modernas e novas, eu fui a São Paulo. Quando eu voltei de lá, eu plantei a sementinha na cabeça do Sr. Lourival”, disse Lourival Junior, diretor da IMAM.

Ele citou que “como a gente está sendo mal atendido pelas fundições, porque a gente não toma coragem e faz a nossa. Foi onde o BRDE nos deu apoio e recursos para fazer a primeira fundição na planta que hoje é a matriz”, ressalta o diretor.

As expansões da metalúrgica e das inovações cotidianas da empresa também foram executadas com a parceria do BRDE. “O BRDE sempre foi um parceiro que a gente conseguiu uma proximidade, um acesso muito bom. Então, em diversos pontos de dúvida, de questionamentos, a gente sempre teve condições de contar com eles e, sobretudo, também encontrar quais linhas que melhor se aplicavam para a gente”, conta Luiza.

No último financiamento, realizado em 2023, a empresa também contou com banco para entender qual a linha que faria sentido. “A gente contou com eles, com todo o apoio, que tem feito muita diferença para o nosso crescimento e desenvolvimento.”

Para o gerente de planejamento do BRDE, Olavo Gavioli, as indústrias catarinenses são inovadoras e com o passar do tempo transformaram a simplicidade onde foram criadas em produtos extremamente tecnológicos. “O que a IMAN traz é justamente isso, uma empresa familiar, tradicional, mais de 50 anos, que começa lá com inchadas, reifadeiras e hoje traz produtos extremamente tecnológicos desenvolvidos para o cenário de Santa Catarina e Brasil, trazendo para implementos de grandes montadoras mundiais de maquinária agrícola”, diz Olavo.

A relação entre a empresa e o BRDE é marcada pela parceria em momentos importantes. “O BRDE continua nos apoiando, recebemos outros projetos posteriores e a terceira geração está vindo com energia e empolgação”, finaliza o diretor Lourival Junior.

“Acredito que a gente está fazendo uma história bonita esses 55 anos e esse desafio de levar esse legado por mais 55 me motiva todo dia a fazer o meu trabalho com bastante entusiasmo”, encerra Luiza.

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