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Lixo

Cai produção de lixo nas festas de virada em Florianópolis, mas segue alta nas residências

Comcap está enfrentando dificuldade para concluir roteiros de coleta por conta de carros mal estacionados nas vias de acesso às praias

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto Comcap, divulgação
Foto Comcap, divulgação

Nesta virada de ano atípica, diminuiu cerca de 70% a geração de resíduos de festas públicas de Réveillon da Capital. Apesar do número positivo, a produção domiciliar está alta e deve repetir o ano passado, informou a prefeitura de Florianópolis, por meio da Autarquia de Melhoramentos da Capital Comcap.

O presidente da empresa, Lucas Arruda, explicou a coleta está atrasando, já que são muitos os carros estacionados de forma irregular, principalmente em vias mais estreitas próximas às praias.

“Os pontos de obstrução das vias estão sendo repassados à autoridade de trânsito, mas há tanta irregularidade que está difícil de manter a coleta regular”, aponta Arruda.

Os dados de produção só serão finalizados na semana que vem, quando todos os resíduos, os que ainda estão armazenados em caixas estacionárias nos pontos de coleta estratégicos dos balneários, chegarão ao Centro de Valorização de Resíduos (CVR). Também quando todos os roteiros de coleta domiciliar forem concluídos.

Bem menos lixo sem festas públicas

Ano passado foram recolhidas 217 toneladas de resíduos nas festas públicas do Centro e das praias. Este ano, foram 70 toneladas.

Sem as festas da Beira-Mar Norte e Continental, deixaram de ser geradas cerca de 25 toneladas de resíduos. Isso que, no último ano, Comcap conseguiu coleta de forma seletiva 16 toneladas de vidro e encaminhar para a reciclagem.

A geração da orla teve maior redução no Campeche, onde diminuiu 80%, e também em Jurerê. Em Canasvieiras, Brava e Solidão, foi intensa a presença na orla na virada.

Os dados são apontados pelo Siscore (Sistema de Coleta de Resíduos), informa Bruno Vieira Luiz, engenheiro sanitarista e gerente da Divisão de Coleta Seletiva, com base na remoção de caixas estacionárias instaladas em pontos estratégicos e pesadas no Centro de Valorização de Resíduos (CVR), no Itacorubi.

Foto Comcap
Foto Comcap, divulgação

Movimento igual no Norte da Ilha

Em todo Norte da Ilha, o movimento de praia está intenso. De acordo com o gerente da Base Operacional Norte, Ivan Eleotério Luiz, este final de semana deve movimentar mais pessoas do que no mesmo período do ano passado. “Em Canasvieiras e na Brava, foi intensa a frequência na virada. O movimento até emendou com os veranistas do dia, mas estamos mantendo a orla limpa”, garante ele. Só na virada, foram recolhidos mais de 1,3 mil sacos de lixo da faixa de areia, o que corresponde a cerca de 26 toneladas.

No final de semana de virada de 2019 para 2020, no Norte da Ilha, foram coletados 4 mil sacos de lixo das praias, mais de 80 toneladas de resíduos e, segundo Ivan, essa marca deve se repetir ou aumentar este ano até segunda-feira.

Tráfego obstruído

Foto Comcap
Foto Comcap, divulgação

Neste sábado e domingo, a dificuldade tem sido a movimentação dos caminhões na Comcap tanto para a coleta domiciliar quanto para a remoção das caixas estacionárias instaladas próximas à orla.

A Comcap mantém diariamente 48,5 quilômetros de praias durante o verão. A coleta domiciliar também passa de três para seis vezes por semana nos principais balneários da Ilha de Santa Catarina. Ano passado, entre os dias 1º e 2 de janeiro, informa o gerente do Departamento de Coleta, José Vilson de Souza, foram coletadas 1,2 mil toneladas. Até o início da tarde deste sábado, haviam sido retiradas 700 toneladas. “Depois de tudo apurado, a quantidade deve ficar igual a do ano passado”, aponta ele.

Vizinhança pode colaborar com Comcap

A coleta está normal, mas com muita dificuldade de acesso em ruas bloqueadas com carros estacionados. Durante todo dia ou mesmo de madrugada, esse problema se repete no Norte, Leste e Sul da Ilha. A diretora de Operações da Comcap, Nilda de Oliveira, pede a colaboração dos moradores para que se organizem com a vizinhança de modo que as vias mais estreitas fiquem desobstruídas nos turnos de coleta.

Nesse período de alta geração de resíduos nos domicílios, a dificuldade de acesso atrasa os roteiros, aumenta o esforço dos garis e prejudica toda a cidade.


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