Ricardo Amorim é entrevistado pelo SCC 10 no Summit Cidades 2022

Considerado o economista mais influente do Brasil, Ricardo Amorim esteve em Florianópolis nesta sexta-feira (25) para palestrar no Summit Cidades 2022 e conversou com o Portal SCC10 ao vivo durante o evento. Perguntado sobre a situação econômica brasileira, Amorim afirmou que apesar de todos os problemas e dificuldades, o Brasil está em situação privilegiada, sob o ponto de vista estritamente econômico, em comparação com o restante do mundo.

“O Brasil vive uma situação engraçada, porque vamos ter uma inflação, que estará entre as mais baixa e talvez tenha também um crescimento econômico do maior que a China. Nos dois casos, não é porque o Brasil está indo super bem, mas que os outros estão indo mal”, disse Amorim, no bate-papo, no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis.

Amorim destacou ainda que uma das principais mudanças no cenário atual se deve à maneira que a sociedade e o poder público estão olhando para a sustentabilidade, particularmente a ambiental. Para o economista, o Brasil pode ser líder global no processo de energia limpa, crédito de carbono e em políticas ambientais.

Polarização no Brasil

Questionado sobre o cenário político, o economista afirmou que a polarização não é exclusividade do Brasil, entretanto, frisou ser necessário resolver o problema. “O grande problema é que tivemos um crescimento da polarização no pior sentido possível. Polarização virou guerra. Não temos mais adversários políticos, temos inimigos. Não temos capacidade de buscar pontos comuns, passamos a ter uma forma de olhar como destruir o lado oposto. E isso leva a um país paralisado, travado, um pais que se desenvolve menos (…) O que o país mais precisa é um líder que seja alguém que una os brasileiros, que tenha a capacidade de fazer todo mundo olhar na mesma direção”, disse.

“Temos uma situação muito maluca, só houve um dia a eleição do Bolsonaro em função de absurdo da era petista. Por sua vez, o Lula só renasceu das cinzas por absurdos da era bolsonarista. Se o Lula começa já chutando o pau da barraca do equilíbrio fiscal, ele está construindo o caminho para eventualmente, no futuro, termos uma volta do Bolsonaro e o Brasil fica prezo nessa polarização que impede que o país avance e se desenvolva da forma que deveria”.

Confira a entrevista na íntegra!

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