Com trabalho e dedicação, avó e neta constroem casa própria graças às polainas da Oktoberfest
Com dedicação e talento, Allana e Adiles construíram sua casa própria graças ao trabalho com polainas
• Atualizado

É difícil não se emocionar com a história de Allana Nicole Von Plehwe, de 21 anos, e sua avó, Adiles de Lourdes Chrzan, de 72. Moradoras de Blumenau, no Vale do Itajaí. Elas construíram sua casa própria graças ao trabalho com polainas vendidas durante a Oktoberfest, uma trajetória que mistura coragem, persistência e sonhos realizados.
A história começou há cerca de 35 anos, quando Adiles deixou Campos Novos, no Meio-oeste do Estado em busca de uma vida melhor. “Minha avó era empregada de uma mulher que tinha uma máquina. Quando ela veio para Blumenau, encontrou no tricô e nas roupas de lã uma forma de conseguir uma renda extra”, conta Allana. Foi assim que Adiles comprou sua primeira máquina e começou a produzir blusas, cachecóis, toucas e, anos depois, as famosas polainas.
O sucesso das polainas começou há cerca de 10 anos, quando uma amiga pediu que Adiles confeccionasse uma peça. O pedido se multiplicou, passando de pessoa para pessoa, e hoje elas atendem entre 10 e 12 lojas, além de clientes avulsos. “É um pedido muito grande. Graças a Deus, a cada ano aumenta a demanda”, revela Allana.
Em 2015, a família enfrentou um momento crítico: a antiga casa, no terreno onde hoje fica o lar das duas, estava prestes a cair. Sem outra alternativa, mudaram-se para uma casa alugada por dez anos, economizando cada centavo para realizar o sonho de uma casa nova. Com o dinheiro obtido principalmente com a venda das polainas da Oktoberfest, elas iniciaram a construção do novo lar. “A obra deu muito problema, foi complicado, mas conseguimos entrar em junho deste ano. Moramos aqui desde então”, conta Allana emocionada.
Hoje, a casa já é uma conquista, mas as metas continuam. Portão, piscina e outros ajustes ainda estão nos planos, conforme o orçamento permite. “Ano que vem queremos nos preparar melhor, fazer estoque grande de polainas e até lançar um site para vendas online. Queremos expandir nosso trabalho e continuar levando essa tradição adiante”, explica Allana, que cresceu junto da avó e compartilha com ela todos os desafios e vitórias.
Para fechar a história com um capítulo de coragem e superação, Allana se arriscou como candidata à realeza da Oktoberfest 2025. “Ano passado eu queria ter concorrido, mas ainda não tinha idade, a mínima é 21. Este ano, com 21, eu me arrisquei. Nunca tinha participado de passarela, de concursos, de beleza, nem falado em público, então foi um grande desafio para mim”, conta.
Apesar de todo esforço, Allana admite que ficou nervosa durante o concurso e não conseguiu completar seu discurso, o que a impediu de ser classificada. “Comecei a travar, minha garganta secou e fiquei sem ar. Mas foi graças a esse concurso que minha história chegou até vocês”, diz Allana com emoção e orgulho.
Leia Mais
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Instagram, Threads, Twitter e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO