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Bairro-cidade em Palhoça tem a sustentabilidade como pilar fundamental na execução de seus projetos

Proporcionar bem-estar aos moradores é uma preocupação evidente no projeto urbanístico da Cidade Pedra Branca

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Proporcionar bem-estar aos moradores é uma preocupação evidente no projeto urbanístico da Cidade Pedra Branca, mas em cada edificação erguida no bairro-cidade a sustentabilidade aparece como base fundamental.

“O bem-estar do ser humano justifica-se sob os mais variados aspectos, seja pela simples satisfação pessoal, pela melhoria da qualidade de vida, ou ainda pelo aumento da produtividade que é fruto das condições de trabalho”, cita o engenheiro civil Fernando Oscar Ruttkay Pereira, professor titular aposentado do departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Ele, juntamente com a arquiteta doutora pela UFSC e pesquisadora na área de sustentabilidade, María Andrea Triana Montes, e com o engenheiro Olavo Kucker Arantes, consultor da Cidade Pedra Branca junto ao Programa Clima Positivo, da Fundação Bill Clinton. atuaram no projeto do Novo Urbanismo da Pedra Branca, tendo participado ativamente desde a época de gestação da ideia entre os empreendedores. Olavo testemunhou o primeiro encontro do empresário Valério Gomes com o arquiteto e urbanista norte-americano Andrés Martin Duany, um dos sócios da DPZ, mentor do movimento chamado Novo Urbanismo.

A promoção da sustentabilidade estava na pauta de todos os projetos, desde a sua concepção. Ainda assim, algumas premissas teriam de ser alteradas. Entre os ajustes necessários estavam, por exemplo, a redução do uso do vidro e do tamanho das aberturas e a reconfiguração do layout interno, para promover ventilação cruzada.

Algumas das estratégias de sustentabilidade adotadas nas edificações:

  1. Elevadores ecológicos. Bicicletário.
  2. Aquecimento a gás natural, caixa de descarga dual flux e torneiras e chuveiros economizadores.
  3. Aquecimento solar. Proteção térmica de terraços e coberturas.
  4. Persianas integrais nas janelas dos quartos.
  5. Paisagismo ecológico com plantas nativas. Tubulações e cabeamento subterrâneos.
  6. Coletores de lixo seletivo.
  7. Cerâmica nas fachadas. Janelas panorâmicas nas salas.

Eficiência energética

A identificação de soluções para o aproveitamento máximo dos recursos naturais disponíveis e redução, ao mínimo, do consumo de energia elétrica nas edificações estava no topo das prioridades.

Para orientar os arquitetos responsáveis para essa missão, os empreendedores convidaram dois renomados especialistas para uma Charrete: o engenheiro mecânico e mestre em Arquitetura norte-americano Tom Paladino, considerado uma das maiores autoridades mundiais em prédios verdes; e, o engenheiro civil Roberto Lamberts, com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Engenharia.

 “Nosso papel foi o de alertar os profissionais para essas preocupações. Para que pensassem no maior potencial de condicionamento natural”, lembra Lamberts. Segundo ele, as decisões de planejamento da nova centralidade com as quadras com vão livre, edificações de diferentes usos, intensiva arborização e reduzido adensamento foram fundamentais para facilitar esse processo.

Aos arquitetos coube estender essa preocupação ambiental a todos os elementos do projeto. Entre eles, Lamberts cita a boa ventilação dos prédios, a escolha de cores claras para os acabamentos e o aproveitamento do sol de inverno e da sombra no verão.

A promoção da eficiência energética passa, também, por decisões simples de projeto arquitetônico: melhorar o microclima urbano, reduzindo as superfícies escuras – que absorvem maior calor do sol – e ampliar as áreas com vegetação; projetar “envelopes” mais eficientes, com aproveitamento da iluminação e da ventilação naturais, criando zonas de resfriamento evaporativo, de aquecimento solar passivo; e especificar eficientes sistemas de iluminação artificial, com o uso de lâmpadas fluorescentes e LEDs, por exemplo, de maior durabilidade e rendimento; e de água quente, melhorando os projetos e a capacitação dos instaladores.

“A Pedra Branca já nasceu com ideia de adoção de uma diretriz mais sustentável, com forte preocupação com o Novo Urbanismo, que traz conceitos gerais de sustentabilidade. Questões mais específicas relacionadas às edificações foram tratadas em algumas Charretes”, diz Andrea.

Infraestrutura planejada

Gestão eficiente do sistema de água e esgoto, cabeamento subterrâneo, hortas orgânicas e ampliação da rede de ciclofaixas. Ao priorizar a eficiência, a sustentabilidade e, principalmente, o pedestre – oferecendo a ele espaços públicos atraentes e seguros –, a implantação de cabeamento subterrâneo foi solução de consenso entre arquitetos e especialistas. Essa sempre foi uma das premissas do projeto da Cidade Criativa Pedra Branca.

“A fiação subterrânea não sofre com as intempéries nem com o rompimento provocado por queda de galhos de árvores ou pela passagem de veículos com altura além do limite permitido”, argumenta o engenheiro civil Ramiro Nilson, gestor do Sistema de Água e Esgoto (SAE) Pedra Branca.

Na Cidade Criativa Pedra Branca, o foco principal do SAE está fundamentado na gestão de água e esgoto. No total, são 50.112 metros de rede coletora de esgoto, que garantem a cobertura de 100% do bairro. No entanto, a infraestrutura urbana também é uma questão importante para atender as demandas dos habitantes e usuários da Cidade Criativa Pedra Branca. No bairro, as edificações contam com captação de água da chuva e reúso, aproveitamento da energia solar para aquecimento de água ou fotovoltaica e utilização de residuários, com separação de recicláveis, orgânicos e rejeito.

Construção modular

No projeto de expansão do Colégio Bom Jesus Pedra Branca foi adotado o sistema de construção modular off-site, totalmente alinhado com os preceitos de sustentabilidade. Fornecido e executado pela construtora Brasil ao Cubo, de Tubarão (SC), o sistema consiste na utilização de módulos de aço que são completamente preparados na sede da construtora e transportados prontos para instalação no local. Assim, em apenas três dias, foram construídas cinco salas de aula, totalizando 540 metros quadrados. A metodologia adotada garante uma obra sem resíduos, sem desperdício, com maior controle dos custos e da qualidade e um reduzido prazo de execução.


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