Vera Fischer relembra suspensão em escola de Blumenau após história “picante” com os Beatles
Atriz contou no programa Sem Censura que foi suspensa após escrever uma redação sobre sexo, drogas e Beatles
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A atriz Vera Fischer surpreendeu ao relembrar, durante o programa Sem Censura, da TV Brasil, na segunda-feira (7), um episódio inusitado de sua adolescência em Blumenau, Santa Catarina: ela foi suspensa da escola por escrever uma história de ficção que envolvia drogas, sexo e os integrantes da banda Beatles.
Segundo ela, tudo começou como uma brincadeira entre amigas:
“Eu escrevi. resolvi falar assim: vou escrever uma história, uma visita a Londres. Eu tinha duas amigas que também eram bitomaníacas, a Helen e a Glória. A gente fazia bolo no aniversário dos Beatles, cantava parabéns, escrevia carta… Então, eu escrevi à mão, num caderno escolar, que nós tínhamos ido para Londres, conhecido os Beatles, ido a Liverpool, assistido ao show deles. Depois, fomos todos para o hotel, começamos a tomar LSD, muitas drogas, a gente transava, um com o outro, era uma felicidade brutal”.
A história se espalhou rapidamente entre as alunas. “O caderno ia de carteira em carteira, porque era um escândalo, né? Elas não sabiam que era meu. Mas aí, claro, as freiras pegaram”.
Vera contou que foi chamada na direção da escola, acompanhada pelos pais, e repreendida com indignação. “Parecia uns 12 pinguins na sala. Meus pais esbugalhada. Falei: ‘Mãe, eu leio, eu sei que isso é moderno. Não sei se eles fazem ou não, mas eu quis participar. Eu sou moderna’”.
Ela estudava em um colégio católico de freiras, apesar de seus pais serem protestantes. A instituição era considerada a melhor escola para meninas na época. “Adorava as freiras, elas me adoravam. Mas aí escrevi essa redação e me suspenderam”.
Durante a entrevista, Vera também relembrou outros momentos marcantes de sua juventude. Contou que queria ser arqueóloga, passava horas escavando os canteiros do jardim da avó, em busca de “tesouros”, como pedaços de porcelana e vidro, que guardava com carinho. “Aquilo tudo me perturbava muito. Eu queria descobrir a máscara de Agamenon. Até hoje, quando viajo e visito sítios arqueológicos, fico imaginando quem estava ali, o que estavam fazendo. Isso tudo ainda está muito forte dentro de mim”.
Ela também revelou que sonhava ser bailarina, mas ouviu da professora que seu corpo não era adequado para isso. “Você é muito grande, ninguém vai te segurar”.
Já aos 17 anos, com idade falsificada para 18, Vera venceu concursos de beleza em Blumenau, Santa Catarina e, depois, Miss Brasil. “Eu queria sair de casa. Falei: ‘Só se eu botar uma coisa na cabeça e perseguir aquilo’. Aí ganhei três vezes e consegui morar fora. Foi meu primeiro salário na vida”.
Sempre apaixonada por livros, ela lembra que, ao participar do Miss Brasil, respondeu com sinceridade quando perguntaram qual era sua leitura favorita. “Todo mundo falava O Pequeno Príncipe. Eu não tinha lido. Eu falei: Meu Pé de Laranja Lima. E ele (o autor) me ligou agradecendo. É um livro belíssimo”.
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