Criador da Turma da Mônica conta como desenvolveu o personagem ‘Pelezinho’, inspirado no Camisa 10
A ideia de ter um personagem inspirado em Pelé surgiu conforme Maurício Sousa passou a conhecer mais a personalidade do craque
• Atualizado
Maurício de Sousa, criador da ‘Turma da Mônica’, falou ao SBT News sobre o processo de desenvolvimento do personagem de história em quadrinhos, ‘Pelezinho’.
O cartunista e escritor contou que, na época, costumava encontrar o Camisa 10, com certa frequência, em voos internacionais, e que a ideia de ter um personagem inspirado em Pelé surgiu conforme passou a conhecer mais a personalidade dele.
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“Aproveitei que eu estava sentado do lado dele, em uma das viagens, conversei com ele, contei que queria fazer um personagem para a criançada, para criançada falar de futebol e saber das vitórias que ele tinha também”, disse Maurício, em entrevista exclusiva.
O craque, porém, tinha um outro perfil em mente. “Ele gostou da ideia, mas disse que ele preferiria que tivesse um personagem ‘super’, um super-herói. Eu falei: ‘não, Pelé, vamos fazer um personagem infantil que é melhor. Pega a criançada, vai para o gibi, para as histórias em quadrinho; e dai o seu público fica mais extenso'”.
Para convencer Pelé, Maurício de Sousa recorreu então à opinião dos filhos do então jogador. Desenhou um esboço do ‘Pelezinho’ criança e do super-herói idealizado pelo atacante, depois, pediu que ele questionasse aos pequenos qual eles preferiam. O resultado? “Eles gostaram mais do personagem criança”, afirmou o cartunista, citando a resposta do atleta.
O criador da ‘Turma da Mônica’ destacou ainda que foi ao longo do processo de desenvolvimento das histórias do ‘Pelezinho’ que viu sua amizade com o craque se aprofundar. “Ele, logicamente, me contando com foi a infância dele, como eram os amigos de infância dele, porque eu precisava de mais personagens para a história”, acrescentou o artista. “Ficamos amigos de família para família”.
“Se eu pudesse falar com o Pelé, eu diria para ele ser tão eterno quanto a imagem dele hoje”.
Referindo-se, então, ao Rei como “amigo”, Maurício de Sousa lamentou a morte do ícone do futebol, a quem descreveu como uma pessoa muito gentil e respeitosa.
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