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Ambiente inclusivo

DJ surdo cria uma balada que oferece “experiência imersiva”

DJ Aloss vai apresentar seu case no CIC, em Florianópolis

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Imagine uma balada onde a música pode ser sentida – e não apenas ouvida. Com esta ideia em mente, o DJ Afonso da Luz Loss, que é surdo, decidiu criar um negócio: uma casa de shows que oferecesse uma experiência imersiva, sem excluir pessoas com deficiência, gerando um ambiente inclusivo, principalmente para a comunidade surda.

Loss é um dos participantes do laboratório de inovação Cocreation Lab Tum, uma parceria entre TXM Methods, Sebrae Santa Catarina e Tum Festival.

“Sou apaixonado por música, vibração, energia e pelas vibes das festas. No entanto, percebi que faltava algo voltado para a comunidade surda nesse cenário musical predominantemente voltado para ouvintes. Meu sonho é criar algo especial para transmitir essa vibe para a comunidade surda e mostrar para os ouvintes como nós, surdos, captamos o som”, disse o DJ.

As histórias do DJ Aloss e de outras cerca de 30 pessoas que decidiram empreender na área da música ou do entretenimento, podem ser conhecidas nos dias 9 e 10 de novembro, durante sessões de pitches organizadas pelo CocreationLab Tum, no Cinema do Museu da Imagem e do Som (CIC), dentro do Tum Festival, que começa a partir deste fim de semana e segue até dia 12, em Florianópolis.

Cocreation Lab

O Cocreation Lab é o maior programa de pré-incubação do Brasil e ajuda a transformar ideias criativas em negócios lucrativos por meio da metodologia TXM Business (Think, Experience and Management), idealizada pelo professor Luiz Salomão Ribas Gomez. Os selecionados ganham cinco meses de mentorias, palestras e workshops gratuitos, oferecidos por profissionais do mercado. No final do programa, todos apresentam um pitch final que é submetido à banca.

“Ainda estamos no início da pré-incubação, então esse momento será muito importante para os empreendedores ouvirem considerações dos profissionais da música e ampliarem sua visão sobre o negócio. Durante o Tum Festival, cada grupo terá até três minutos para falar sobre sua ideia, mostrar o que desenvolveu até agora e, posteriormente, os participantes do evento podem fazer perguntas e falar sua opinião sobre o que está sendo proposto pelos Cocreators”, explica Patrick Veiga, coordenador geral do Cocreation Lab Tum. Ele ainda conta que, para incluir Loss, os encontros online são disponibilizados com legendas e, presencialmente, um intérprete de libras acompanha as atividades.

Para Ivanna Tolotti, diretora geral e idealizadora do Tum Festival, esta turma está trazendo muitas inovações para o mercado. “O nível das propostas é excelente, temos ideias muito variadas e interessantes. O mercado musical e cultural da capital catarinense precisa de pessoas inovadoras, que tenham vontade de mudar e ampliar ainda mais o cenário que temos”.

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