Coca-Cola recria comercial de natal com IA
A decisão da Coca-Cola mostra que mesmo gigantes podem abraçar a inovação sem medo de polêmica.
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Desde 1995, o comercial natalino da Coca-Cola, com o famoso caminhão vermelho iluminado, tornou-se um símbolo universal das festas de fim de ano. Porém, em 2024, a marca resolveu inovar e recriou o clássico utilizando inteligência artificial. O resultado surpreendeu o público e dividiu opiniões no mercado publicitário.
Como a Coca-Cola recriou o clássico?
A recriação ficou a cargo da Silverside AI, braço da agência Pereira O’Dell, que utilizou ferramentas como o Stable Diffusion e o DALL-E para dar vida ao projeto. Diferente da filmagem tradicional, o processo foi descrito como “desenvolvimento de software”. Em apenas três dias, a primeira versão foi finalizada.
O grande diferencial veio com a possibilidade de personalização. A equipe criou 110 variações do filme, adaptando cenários e skylines para diferentes cidades, algo impossível nos moldes tradicionais. Essa flexibilidade chamou a atenção, mas também trouxe críticas.
A polêmica: o público percebeu?
Apesar do sucesso técnico, o uso de IA gerou reações mistas no mercado publicitário. Especialistas apontaram falhas no resultado, como rodas que não giram corretamente e detalhes estranhos em personagens, algo típico de ferramentas de geração de imagens. Porém, o público comum nem percebeu esses detalhes.
Em testes conduzidos pela System1, a nova versão foi ainda mais eficaz que o clássico original, alcançando 5.9 de 6 estrelas possíveis em impacto. Além disso, 98% dos espectadores reconheceram a marca em apenas 15 segundos.
O impacto no mercado publicitário
A recriação do comercial é um marco que destaca como a inteligência artificial está transformando a publicidade. Para PJ Pereira, cofundador da Silverside AI, a tecnologia não eliminou a criatividade humana, mas mudou as regras do jogo.
Agora, qualquer marca pode criar conteúdos de alta qualidade com menor custo e maior velocidade. Porém, isso reforça que o grande diferencial estará na estratégia de marketing e na conexão emocional com o público, não apenas na produção.
E o futuro?
A decisão da Coca-Cola mostra que mesmo gigantes podem abraçar a inovação sem medo de polêmica. Com a evolução das ferramentas de IA, novas possibilidades surgirão, desafiando ainda mais os limites da criatividade e da publicidade tradicional.
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