Santa Catarina mantém liderança de crescimento econômico no Brasil

Santa Catarina voltou a registrar o maior crescimento econômico entre os estados brasileiros, segundo dados atualizados do segundo trimestre de 2025. Estimativa da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) do estado avançou 5,4% nos 12 meses encerrados em junho, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Na avaliação do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), do Banco Central, o resultado confirma a liderança catarinense no país. No acumulado do ano, entre janeiro e junho, o crescimento chegou a 6,1%, acima da média nacional.

“O estado é competitivo, tem indústria variada, turismo, agronegócio e uma logística que funciona. Isso garante segurança para novos investimentos e gera emprego e renda”, destacou o governador Jorginho Mello.

O secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, reforçou que a diversidade produtiva garante resiliência: “Santa Catarina segue crescendo acima da média brasileira e se consolidando como polo de atração de investimentos e mão de obra qualificada”.

Setores em alta

De acordo com a Seplan, a agropecuária puxou a expansão, com crescimento de 12,1% em 12 meses, impulsionado pela safra de grãos como soja, milho e arroz. A pecuária também manteve desempenho positivo, com destaque para frangos e suínos.

A indústria de transformação avançou 6,3%, com força nos setores de máquinas e equipamentos, elétricos, têxtil, alimentos e bebidas. Já o setor de serviços cresceu 5,2%, liderado por transportes (+8,4%), serviços às famílias (+7,8%), administração pública (6,4%) e comércio (5,5%).

O economista da Seplan, Paulo Zoldan, ressalta que exportações em níveis históricos e o fortalecimento do turismo também sustentaram o avanço.

Apesar do resultado expressivo, houve uma desaceleração no segundo trimestre, mas o estado manteve a dianteira no cenário nacional.

Mercado de trabalho aquecido

O bom momento econômico se reflete no mercado de trabalho. Santa Catarina registra a menor taxa de desemprego do Brasil, de apenas 2,2%, contra 5,8% da média nacional.

No acumulado do ano, o estado criou 82,9 mil vagas formais, o quarto maior saldo do país. A indústria de transformação (+29 mil vagas) e os serviços (+32,9 mil) lideraram as contratações, seguidos pela construção civil (+12,7 mil) e comércio (+6,7 mil).

A construção civil também se beneficiou do aquecimento imobiliário, atraindo investimentos e gerando quase 13 mil empregos formais apenas nos primeiros sete meses do ano.

Boletim Econômico

Os dados integram a mais recente edição do Boletim de Indicadores Econômicos-Fiscais da Seplan, lançado nesta quarta-feira (3). O documento reúne análises sobre o desempenho do estado no segundo trimestre e nos últimos 12 meses.

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