O novo mapa político catarinense terá digitais fortes de PL e PSD
PL e PSD são os protagonistas da futura geografia eleitoral, fruto de uma construção que começou ainda em 2020
• Atualizado
Independente de qual for o resultado das eleições municipais deste domingo (6) o mapa político de Santa Catarina terá novas digitais de poder. PL e PSD são os protagonistas da futura geografia eleitoral, fruto de uma construção que começou ainda em 2020 e desbanca a liderança de emedebistas e progressistas.
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Embora o MDB deva manter um amplo número de vitórias e o maior número de vereadores eleitos no estado, sua representação deve ficar prioritariamente nas cidades menores, onde tradicionalmente o partido é forte. A esperança de musculatura resume-se a Jaraguá do Sul.
A última eleição para prefeito, há quatro anos, garantiu um cenário político esperado no estado naquele momento. O maior número de prefeituras ficou com o MDB, com 96 eleitos, seguido pelo Progressistas com 53.
O PL, que na época não tinha Jair Bolsonaro na sigla, fez 27 prefeituras. O PSD garantiu 41 nomes, mas com um detalhe importante, com cidades como São José, Chapecó, Palhoça e Lages, os pessedistas conquistaram na época o segundo lugar em número de votos para prefeito, com mais de 500 mil eleitores apostando no 55.
PSDB fez 33 prefeituras, PSL 13 (Bolsonaro já tinha deixado a sigla em 2020), PT 11 e DEM 7. Siglas menores conquistaram de 1 a 3 nomes, com destaque para o Republicanos que fez duas prefeituras a passou a ter 13 até o final de 2023 com novas filiações e com a então liderança de Carlos Moisés.
PL
De 2020 para cá Santa Catarina vivenciou mudanças no jogo político. Com a vitória de Jorginho Mello ao governo (2022), impulsionada pela influência bolsonarista, o PL viu crescer não só suas bancadas na ALESC e na Câmara, como também atraiu 16 novos prefeitos, entre eles o de Palhoça Eduardo Freccia, que hoje busca a reeleição.
Agora, o partido participa da eleição municipal com recorde de candidatos, são 178 nomes para prefeito.
PSD
O PSD, que viu o partido se dividir em 2022, quando nem todos os prefeitos aderiram ao projeto que tinha Eron Giordani (PSD) como candidato a vice-governador de Gean Loureiro (UB), soube, sob a articulação cirúrgica do deputado estadual Júlio Garcia, recolocar-se no jogo.
Eron assumiu a presidência estadual do partido e construiu uma nominata forte, de 96 candidatos ao executivo municipal na eleição deste ano.
Com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que deve garantir sua reeleição de forma tranquila no domingo, a sigla já desenha o projeto majoritário para 2026.
Diminuíram
MDB, Progressistas e PSDB viram sua força diminuir. O PSDB foi o partido que mais perdeu prefeitos para outras siglas no último ano, com 9 baixas.
MDB e PP perderam 4 nomes cada um e enfrentaram as derrotas de seus líderes tradicionais na disputa ao governo, com Esperidião Amin (Progressistas) e Celso Maldaner (MDB).
Futuro
A relação do PSD e do PL, que se enfrentam diretamente em disputas em três das dez maiores cidades do estado, além de Balneário Camboriú, pode terminar com fraturas expostas após o resultado de domingo.
Os confrontos em São José, com Orvino (PSD) e Adeliana (PL); Itajaí, com Osmar (PSD) e Robison (PL); Criciúma, com Vaguinho (PSD) e Guidi (PL); e em Balneário Camboriú, com Juliana (PSD) e Peeter Grando (PL); vão dar o tom e a força do DNA de cada partido no novo mapa político catarinense. A conferir…
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