Sergio Moro afirma que é pré-candidato ao Senado por SP
Político do União Brasil retirou sua pré-candidatura a presidente em 31 de março deste ano
• Atualizado
O ex-juiz Sergio Moro (União) afirmou nesta quarta-feira (25) que é pré-candidato ao Senado por São Paulo, mas que a consolidação da candidatura dependerá de ele próprio e o partido tomarem “uma decisão definitiva”.
A declaração foi dada em entrevista à CNN. Moro disse saber que em Brasília há muita gente que não o quer lá, “mas é exatamente por isso que a gente tem que ir”. “Precisamos defender a coisa certa. Ou a gente muda a política desse país para voltar ao bem comum das pessoas e parar de trabalhar apenas em prol de interesses especiais ou de interesses particulares, ou o Brasil não vai ser aquele país com o qual a gente sonha”, completou.
O integrante do União Brasil retirou sua pré-candidatura a presidente da República em 31 de março deste ano. Um dia depois, falou que não seria candidato a deputado federal. Na entrevista desta quarta, além de sua participação na política, comentou sobre sua atuação na Lava Jato: “Eu lutei contra a corrupção para transformar o Brasil para melhor para as pessoas. A corrupção é um dos grandes males do país. Atrasa nosso desenvolvimento, enfraquece a nossa democracia. Dá espaço para o surgimento desses populistas que só prejudicam país. Então, faria tudo de novo. E o que eu fiz foi aplicar a lei”.
No mês passado, o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) definiu que o processo penal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Lava Jato, conduzido por Moro, violou quatro artigos do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos: 9, 14, 17 e 25. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o ex-juiz parcial ao condenar Lula no caso do tríplex em Guarujá (SP).
A Justiça de Brasília, por sua vez, recebeu uma ação popular apresentada por deputados do PT contra Moro. Eles pedem a condenação do político por prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira por sua atuação à frente da Operação Lava Jato. Sobre ter se tornado réu, nesta quarta, ele disse que a ação é, entre outras coisas, “política” e um “absurdo completo”.
“Não estou preocupado com isso. Acho que essa ação é risível, eu tenho a consciência tranquila e tenho muito orgulho do trabalho que foi feito na Lava Jato. Agora, vamos lembrar: a Lava Jato foi um trabalho institucional de vários magistrados, procuradores, policiais que foram até lá. Foram aquelas pessoas que foram às ruas, mais de 3 milhões lá em março de 2016, protestando contra a corrupção, que fizeram a Lava Jato. Então, essa ação é um tapa na cara daquelas pessoas”, completou.
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