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Encontro

Presidente do TSE, Moraes se encontra com comandantes da PM

Reunião com policiais militares vem com a intenção de antecipar tensões em tropas durante campanha eleitoral

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Divulgação/TSE
Foto: Divulgação/TSE

Para estreitar os laços entre a Corte Eleitoral e as polícias militares, o ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, convocou uma reunião com comandantes das PMs de todo o país. O encontro, realizado na manhã de quarta-feira (24), foi uma tentativa de antecipar eventuais tensões nas tropas policiais durante a campanha eleitoral, que ganha mais peso nesta semana com o início da propaganda gratuita no rádio e na TV.

A reunião, que se deu de forma extraordinária, sinaliza uma preocupação do presidente da Corte com a segurança nas próximas eleições. Comunicados oficiais a respeito do teor do evento ainda não foram divulgados. O presidente em exercício do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, também participou da reunião com os PMs. 

O encontro se deu um dia após presidente do TSE se reunir com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, em uma primeira tentativa em aproximar a corte eleitoral das Forças Armadas. A portas fechadas, o magistrado e Nogueira ficaram reunidos por quase uma hora. Em entrevista, na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que a reunião seria para tratar de “transparência eleitoral”.

Também na terça-feira, Moraes esteve com o diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Oliveira. Na ocasião, o tribunal abriu uma urna eletrônica para técnicos da corporação, e tirou dúvidas sobre o funcionamento dos equipamentos que serão utilizados em outubro.

Policiais Militares

A aproximação aos comandos policiais vem em um período em que o grupo ganha destaque nas discussões políticas, com acenos de candidatos e movimentos da própria categoria. O número de policiais que tentará um cargo político nas próximas eleições cresceu, com pedidos de candidatura que ultrapassam os mil. Há, também, expectativa de que o grupo esteja aliado aos militares, pelo respeito à diferença da hierarquia de comando.

Nos dois casos, o diálogo para que as forças de segurança não se atenham a movimentos políticos ganha peso. A participação de policiais militares em atos do 7 de Setembro também foi monitorada por Ministérios Públicos estaduais. O do Distrito Federal, MPDFT, chegou a emitir uma recomendação de que os policiais não compareçam aos protestos, a não ser que atuem na segurança.

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