PDT quer fechar acordo com a Frente até o fim de semana
O presidente da sigla brizolista Manoel Dias aguarda retorno de Décio Lima (PT) ao Estado para retomar as reuniões e não abre mão da vaga ao Senado
• Atualizado
O presidente estadual do PDT, o ex-deputado Manoel Dias aguarda o retorno do presidente estadual do PT, o pré-candidato ao governo Décio Lima, que está em São Paulo, para que seja definida a reunião que fechará o acordo para a formação da chapa majoritária da Frente Democrática de centro-esquerda.
Maneca, que ficou em Santa Catarina por conta de uma problema em uma perna, fez a manifestação enquanto acompanhava a live da convenção nacional dos brizolistas, que oficializou a candidatura do ex-prefeito, governador e deputado Ciro Gomes à Presidência.
Para o presidente do PDT catarinense, a confirmação de Ciro não altera a composição da Frente no Estado, uma ideia que surgiu pelas mãos de Maneca, há quase dois anos, e foi encampada por Décio e pelos demais partidos (PSB, PCdoB, PV, PSOL, Rede Sustentabilidade e Solidariedade).
Desde então, Maneca assegura que o combinado é do PDT indicar o candidato ao Senado, hoje o ex-deputado Jorge Boeira, com a concordância de Décio, afinal “o Dário Berger (PSB) entrou na construção da Frente para ser candidato ao governo”, explica o comandante pedetista sobre a hipótese do senador concorrer à reeleição.
Para os brizolistas, a negativa do espaço na Frente levará a sigla a ter candidatura própria ao governo e ao Senado, e precisa se definir rápido para confirmar a possibilidade em convenção, um problema maior porque seria chapa pura, sem alianças, com pouco tempo de rádio e TV.
Duplo palanque não incomoda
Maneca lembra que o PDT catarinense tem autonomia para fazer alianças e que não será exceção, já que no Ceará e Rio Grande do Norte, por exemplo, os brizolistas estão com os petistas e, no Rio de Janeiro, com o PSD.
Na esfera presidencial, não haverá problema em ter a defesa de Ciro e estar com siglas que apoiam Lula.
Na avaliação de Maneca, o grande problema de Ciro será o tempo de rádio e TV, limitado por falta de parceiros na campanha, o que dificulta a maior projeção da candidatura.
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