Moraes denuncia Bolsonaro por uso de dinheiro público em motociatas
A denúncia pede que o presidente seja investigado por suposto uso de dinheiro público em carreatas e motociatas, em campanha eleitoral antecipada
• Atualizado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, encaminhou nesta terça-feira (21) para o Ministério Público Eleitoral (MPE) uma ação apresentada pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar pede que o presidente seja investigado por suposto uso de dinheiro público em carreatas e motociatas, em campanha eleitoral antecipada. Caberá agora aos procuradores eleitorais definirem se a investigação será ou não aberta.
Elias Vaz apurou que, só entre 1º de abril e 5 de maio deste ano, os cartões corporativos ligados à Presidência somaram custos de R$ 4,2 milhões. Neste período, Bolsonaro participou de três motociatas pelo país. O montante é similar ao registrado entre janeiro e março de 2022, que foi de R$ 4,6 milhões.
“O ministro reconheceu que a nossa denúncia tem fundamento e deve ser apurada. Bolsonaro torrou em 35 dias cerca de 90% do que gastou nos três primeiros meses do ano. Chama a atenção esse gasto exorbitante. Há indícios graves de que o Bolsonaro esteja utilizando o cartão corporativo para custear campanha fora da época autorizada por lei. É um desrespeito utilizar dinheiro público com essa finalidade”, afirma o congressista na representação.
A denúncia foi anexada em um processo já aberto a partir de uma representação do PDT, que analisa se Bolsonaro vem usando as motociatas para fazer propaganda antecipada.
Em maio, o ministro Alexandre de Moraes determinou que uma associação de Campinas informasse e comprovasse quanto recebeu e usou para financiar a motociata do presidente Bolsonaro, realizada na cidade no dia 15 de abril.
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