Jorginho foca em Bolsonaro, de olho no apoio estadual
Pré-candidato do PL ao governo, o senador catarinense busca aliados em outras siglas, mas tem pouco espaço a oferecer na majoritária
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O senador Jorginho Mello não era só mais um dos mais de 12 mil apoiadores que participaram, no Maracanãzinho, no bairro da Tijuca, no Rio de janeiro, da convenção nacional do PL, que homologou Jair Bolsonaro candidato à reeleição, estava na condição de interessado direto no desempenho eleitoral do presidente.
Jorginho Mello deposita no número e no fato de pertencer ao mesmo partido do presidente o maior trunfo de sua campanha ao governo de Santa Catarina, considerado o Estado mais bolsonarista do país, uma reedição de 2018.
Na foto que o registra no evento, Jorginho se vale da proximidade presidencial, porém sabe que este portfólio não é suficiente para garantir a eleição, necessita angariar apoios à causa, outros partidos e nomes de peso no âmbito estadual diante do desafio de conquistar do eleitor.
O namoro com Esperidião Amin, já candidato do PP ao governo, tem que amadurecer, mesmo que dependa diretamente de uma, neste momento, improvável interferência direta do padrinho de ambos, o presidente Bolsonaro.
Convenção estratégica
Jorginho marcou para o último prazo, dia 5 de agosto, a convenção estadual, uma estratégia que lhe permitirá um tempo a mais de costuras até o derradeiro prazo de registro no TRE, dia 15.
A questão é que a porta do PL, se não fechada, está entreaberta, já que pode oferecer tão somente a posição de vice e uma segunda suplência ao Senado, pois tem um candidato definido, Jorge Seif, imposto por Bolsonaro e pelos conservadores locais, e até um dos suplentes desenhado, Hermes Klann, aliado ao empresário Luciano Hang.
Dizer que Jorginho estaria disposto a abrir mão da candidatura ou ter que mexer nesta composição em nome de uma nova costura de coligação é, no mínimo, inviável, pelo menos até a água bater gelada ou as pesquisas mostrarem risco ao projeto.
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