Eleição está acirrada, mas vitória é certa, afirma Lula
Ex-presidente também afirmou apostar em abstenções para vencer a disputa ao Planalto
• Atualizado
O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, nesta quinta-feira (20), estar “certo” de que vencerá o segundo turno das eleições, marcado para o próximo dia 30 de outubro, apesar do acirramento da disputa com Jair Bolsonaro (PL).
“Acredito que o que nós estamos disputando aqui é o voto de abstenção porque a eleição está muito parelha, muito disputada, tem muita gente definida e fica cada vez mais apertado o número de pessoas que a gente tem que convencer”, disse, em entrevista coletiva com jornalistas, no Rio de Janeiro.
“Estou certo de que nós vamos ganhar as eleições, estou certo porque a enxurrada de erro e de anúncio que está sendo colocado pelo governo na televisão no fundo, tem sido uma coisa que ele tem feito muito lentamente. E eu estou cumprindo uma agenda estratégica que nós nos dedicamos”, afirmou o petista.
“Eu estou convencido de que o nosso pessoal tem que continuar indo para rua, visitando as pessoas que não votaram e estão indecisas para que compareçam a votar. O primeiro objetivo nosso é diminuir o número de abstenção”, destacou.
Lula e Bolsonaro concentram a campanha eleitoral do 2º turno no sudeste, na tentativa de manter os votos do 1º turno e ampliar o número de eleitores nos três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro venceu o petista com uma diferença maior. O candidato à reeleição teve 51,09% dos votos válidos contra 40,68% conquistados pelo candidato do PT.
Nesta quinta-feira, ao ser perguntado sobre quais seriam as propostas de seu eventual governo quanto às facções criminosas do Rio, Lula afirmou que criará um Ministério de Segurança Pública.
“Não será conflitante com a responsabilidade que o governo do estado tem de cuidar da segurança do estado. Queremos criar esse ministério para combater o tráfico de armas, o tráfico de drogas nas nossa fronteiras. Vamos ter que construir policiais especiais, ou seja, precisamos ter uma nova Polícia Nacional que possa dar conta do recado”, disse o candidato.
Lula também criticou os decretos de liberação de armas do atual presidente da República. “Quem está adquirindo as armas não são as pessoas honestas, não são as pessoas de família. […] O que nós estamos vendo é o narcotráfico se preparando e se modernizando com a autorização do governo para poder enfrentar a polícia e a tranquilidade da população brasileira”, declarou.
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