Bolsonarismo provoca o empate quádruplo ao governo
Moisés, Jorginho, Amin e Gean aparecem próximos na margem de erro
• Atualizado
O eleitor de Santa Catarina, majoritariamente bolsonarista, ainda não identificou as diferenças entre os quatro principais candidatos de direita que disputam o governo do Estado, o que resulta no surpreendente empate técnico, de acordo com a pesquisa Ipec, divulgada nesta terça (20).
O levantamento crava que o governador Carlos Moisés (Republicanos) tem os mesmos 20% de Jorginho Mello (PL), caiu os três pontos percentuais da margem de erro, se levada em consideração a pesquisa anterior, de 23 de agosto, enquanto o adversário cresceu um ponto além do que instituto considera a variação aceitável para mais ou para menos.
Em síntese, Moisés precisa transformar as centenas de manifestações de apoio de prefeitos e deputados em votos, mostrar melhor as realizações de sua administrações, porque Jorginho irá surfar na onda de Bolsonaro até onde der, sem ter mostrado, por ora, grandes propostas, apenas realçado o número que é o mesmo do presidente candidato à reeleição.
Com esta situação é possível projetar que os ânimos na campanha vão se acirrar e isso significa uma quase certa chuva de denúncias, um festival de ataques.
Amin e Gean estão no retrovisor de Moisés e Jorginho
Na sequência, há razões para ambos temerem Esperidião Amin (PP), que aparece com os mesmos 15% a pesquisa anterior, e Gean Loureiro (União Brasil), o que mais cresceu entre os quatro, seis pontos percentuais, aparece com 14%, embora tenha sido atacado por Moisés no horário eleitoral e por Jorginho eventualmente em debates.
A escolha do eleitor catarinense, retratada no apontamento, se dá com base na experiência, tanto de Moisés e Amin no governo, quanto de Gean na prefeitura da Capital, sem que os mandatos legislativos de Jorginho (vereador, deputado estadual e federal e senador) sejam desprezados.
Neste quesito não deve ser desconsiderado o candidato do PT, Décio Lima, ex-deputado e prefeito de Blumenau por duas vezes, que está empatado tecnicamente com Amin e Gean, tendo subido acima da margem de erro e ficado com 10% dos votos.
A pesquisa contratada pela NSC, foi feita entre os dias 17 e 19 de setembro, entrevistou 800 pessoas em cidades de SC, com um índice de confiança de 95%, e está registrada no TRE: SC-07903/2022 e no TSE: BR-07730/2022.
Segundo turno passa por detalhes e pela rejeição
Qualquer um dos quatro candidatos poderá chegar ao segundo turno dentro de 11 dias, salvo algum fato novo que desidrate a campanha.
A situações mais delicadas são as de Moisés, que viu diluir o favoritismo e tem 27% de rejeição, e de Amin, que estacionou e precisa vencer os 17% dos que não votam nele de jeito nenhum, menor do que a de Décio, que bate nos 20%.
O que chama a atenção é que Jorginho tem 11% de rejeição, muito se comparado aos 7% de Gean.
A turma do segundo pelotão é muito homogênea
De acordo com o levantamento do Ipec, Odair Tramontin (Novo) manteve os 2%, Leandro Borges (PCO) – que está fora da eleição por decisão do TRE -, Professor Alex Alano (PSTU), Jorge Boeira (PDT) e Ralf Zimmer (PROS) registraram 1% cada.
O número de brancos e nulos caiu de 10% para 6%, e a quantidade de indecisos, que era de 17% no primeiro levantamento, agora é de 10%.
Segundo turno com pouquíssima diferença
Nas três simulações segundo turno há empate técnico na disputa entre Jorginho (PL) e Moisés (Republicanos), 42% a 36%, com 12% de brancos e nulos e 10% que não sabem ou responderam.
Novo empate técnico entre Moisés (39%) e Amin (38%), com 14% de brancos e nulos e 10% que não sabem ou não responderam.
Jorginho vence Amin por 42% a 33%, a maior diferença entre as simulações (14% de branco/nulo, e 11%, que não opinaram).
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