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Segundo turno

Confira as propostas de Jorginho Mello no debate ao Governo de Santa Catarina 

Confira as respostas de Jorginho Mello (PL).

• Atualizado

Renato Becker

Por Renato Becker

Foto: Ana Paula Bittencourt / SCC SBT
Foto: Ana Paula Bittencourt / SCC SBT

Jorginho Mello (PL) participou na noite deste sábado (15), do primeiro debate do segundo turno das eleições 2022, no SCC SBT. O senador conquistou uma vaga no segundo turno, com 38,61% dos votos válidos, correspondendo a 1,5 milhões de votos dos catarinenses, o que garantiu sua liderança no primeiro turno. O candidato enfrenta Décio Lima (PT), que obteve mais de 700 mil votos, alcançando 17,42% dos votos.

>>> Veja AQUI o debate ao governo do Estado na íntegra

Confira as respostas e propostas de Jorginho Mello (PL) para Santa Catarina

Saúde

Jorginho Mello ao ser questionado por Décio Lima sobre suas propostas para a saúde, disse que pretende aproximar os atendimentos dos catarinenses, por meio de mutirões. “A saúde de Santa Catarina está doente, tenho demonstrado ao longo dos meus programas. Precisamos fazer um mutirão. Dotar de todas as condições de serviços e equipamentos (…) A proposta que está em meu plano de governo é a saúde mais perto de você. Vou contatar os hospitais filantrópicos para realização das cirurgias eletivas”, afirmou.

“Quero fazer com que o catarinense seja melhor atendido, com o programa “Saúde Mais Perto de Você”, para levar a saúde ao catarinense. Quero fazer um governo para cuidar das pessoas”, frisou o candidato do PL.

Recursos federais

Após ser questionado por Décio Lima, que alegou baixo investimento federal em Santa Catarina, o candidato de Bolsonaro destacou que o Governo Federal está enviando recursos para o Estado. Jorginho frisou programas como o Auxílio Brasil e Auxílio Gás. “Quero dizer para o candidato que ele está errado”, respondeu, ao citar investimentos do governo federal. “Seis bilhões só para os municípios catarinenses (…) um bilhão para as BRs”, disse.

Concessão de rodovias e investimentos

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina questionou Jorginho sobre seus planos para melhorar as rodovias catarinenses. O candidato afirmou que a gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) investiu no exterior, e que por isso, obras em Santa Catarina teriam sido prejudicadas. “Se o governo do PT não tivesse enviado tanto dinheiro para fora, já tínhamos terminado as obras”, afirmou.

Jorginho Mello também rebateu a fala de Décio, que disse que o presidente Jair Bolsonaro “não gostava de Santa Catarina”. O candidato do PL disse que quem não gostava dos catarinenses era Lula, “O candidato do Décio, o ex-presidiário”, afirmou Jorginho sobre o ex-presidente Lula.

“Fazer um plano de ação, de mutirão”, destacou, sobre a estratégia para fomentar investimento em logística. “Nós não vamos pedagiar nenhuma das rodovias estaduais, mas as federais precisamos”, analisou o candidato de Bolsonaro sobre os pedágios.

Diálogo com o presidente eleito

O colunista Roberto Azevedo questionou como os candidatos iriam lidar caso o seu candidato à Presidência da República não seja eleito. Jorginho destacou que acredita na eleição de Bolsonaro, mas frisou que possuí experiência como Senador, tendo já dialogado com diversos presidentes da República. “Tenho certeza absoluta que ganha a eleição é o presidente Bolsonaro (…) Sou um parlamentar que participei de diversos governos”, afirmou.

Experiência de gestão para articulação política

O colunista Cláudio Prisco Paraíso questionou Jorginho Mello por ele não ter experiência como prefeito. O comentarista político frisou sobre os processos de impeachments que os dois únicos governadores do Estado que não administraram municípios enfrentaram. O candidato frisou a experiência de deputado e Senador. “Primeiro, vamos vencer as eleições e preparar o time. Não tenho dúvida da gente conseguir uma bancada expressiva a favor de Santa Catarina”, disse ressaltando a experiência como legislador.

Equipe de governo

Prisco Paraíso perguntou aos candidatos sobre os critérios utilizados para a escolha do time de secretários que vão compor o eventual governo, se eleitos. Jorginho Mello afirmou que vai utilizará critérios técnicos. “Vou compor um governo com a cara de Santa Catarina, vou usar servidores públicos e técnicos”, disse.

“Os secretários que vou chamar são pessoas da área, Santa Catarina não é para amadores”, afirmou ao falar que o Estado precisa de pessoas preparadas.

Relação com a Alesc

O colunista Roberto Azevedo questionou os candidatos sobre o papel do governador eleito na escolha e articulação para eleição do presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). O candidato de Bolsonaro expôs que pretende conversar com todas as bancadas da Alesc, com o objetivo de aprovar as pautas do governo. “Tenho certeza, que com minha experiência, vou dialogar com todos os deputados e deputadas”, destacou.

Diálogo com Deputados Federais

“Quero de forma muito positiva, com a bancada de Santa Catarina, tratar de orçamento, de recursos para o Estado”, abordou ao falar sobre a relação que pretende ter com os Deputados Federais. “Ao longo dos anos o Estado sempre recebeu em média 10% do orçamento (…) Não é verdade que o Estado recebia 60% dos recursos federais no governo Lula”, argumentou Jorginho Mello ao rebater Décio.

Agricultura

Jorginho questionou Décio sobre as propostas para a agricultura. Em sua réplica disse que o agronegócio catarinense terá participação no governo. “Quem vai indicar o Secretário de Agricultura é o sistema cooperativista de Santa Catarina”, prometeu. O candidato destacou o papel do setor na economia estadual: “faturaram em 2021 cerca 48 bilhões”.

O candidato do PL também disse que vai propor um seguro para os agricultores. “O Safra Garantida vai dar um seguro ao agricultor que perder a produção”, frisa. Ele também destacou os investimentos que pretende fazer na internet e na logística no campo.

A Federação das Cooperativas Ágropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro) questionou Jorginho sobre os investimentos e diminuição de impostos dos defensivos agricolas. Em sua resposta, o candidato destacou que a Secretaria de Agricultura, em seu governo, terá orçamento próprio, para dar autonomia ao gestor da pasta. “Nós vamos colocar dotações na Secretaria da Agricultura, porque hoje qualquer equipamento que seja para a agricultura é despachado pela Casa Civil para fazer política”, disse Jorginho Mello.

“Temos que ter nossas fronteiras preservadas”, destacou ao falar sobre a segurança dos animais na fronteira do Estado. “Sobre os fertilizantes, esse governador foi infeliz aumentando impostos”, disse. “Vamos investir em energia trifásica e criar um Pronamp rural”, prometeu Jorginho.

Inclusão digital

O candidato frisou que pretende investir em computadores para os estudantes catarinenses e aumentar os recursos das creches ao ensino universitário. “Através da escola temos que fornecer um laptop para que o estudante possa manejar”, comenta. O senador também afirmou a necessidade de investir em infraestrutura de internet de melhor qualidade. “22% dos catarinenses têm internet de má qualidade”, afirma.

“Vou valorizar vocês, respeitar vocês”, disse candidato de Bolsonaro, ao tentar falar diretamente com os educadores.

Investimento em educação

Jorginho Mello destacou que quer ser reconhecido como o “governador da educação”. O senador destacou que se eleito governador irá procurar parcerias público-privadas e fará melhorias na infraestrutura das escolas. “Primeiro tem que reformar umas escolas que estão chovendo dentro, depois quero conversar com o Sistema S para fazer parcerias”, enfatizou. O candidato do PL disse que quer oportunizar universidade gratuita, por meio do Sistema Acafe. “Hoje é um velório quando se passa em medicina”, comentou.

Fortalecimento das cooperativas

O Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina perguntou sobre as propostas para fortalecer o cooperativismo. “No nosso governo vamos prestigiar as cooperativas”, destacou ao reafirmar que o setor vai indicar o Secretário de Agricultura. “O Pronampe catarinense rural será através das cooperativas de crédito”, explicou ao lembrar da política de financiamento que irá propor se eleito.

Estrutura do governo

O colunista Roberto Azevedo perguntou sobre a estrutura de governo que Jorginho pretende implementar em sua gestão. “A estrutura do estado tem que ser a mais leve possível”, frisou ao destacar quer um governo “enxuto”.

Segurança pública

O senador destacou que em sua gestão dará autonomia à Polícia Militar e Polícia Civil. O candidato afirmou que, em sua gestão, não terá um conselho de segurança pública, como há no atual governo. Jorginho diz que os chefes da segurança pública “vão despachar diretamente com o governador”, reforçando a autonomia que pretende dar às forças de segurança. “Precisa incluir seis mil policiais, claro que não dá para fazer isso agora”, disse Jorginho, ao frisar que vai trabalhar para reforçar as policiais.

Considerações finais

“Muito obrigado pela oportunidade. Quero falar para quem está nos vendo agora, sou Jorginho Mello, sou do Oeste de Santa Catarina (..) me apresento para ser o seu governador. Não tenho dúvida, que vamos construir um governo em conjunto. Quero pedir a vocês uma oportunidade de ser governador”, finalizou.

Conheça o candidato Jorginho Mello (PL – 22)


candidato ao governo de SC pelo Partido Liberal, conquistou uma vaga no segundo turno das eleições 2022 com 1,575 milhão de votos, correspondente a 38,61% dos votos válidos. 

Jorginho é formado em Estudos Sociais, pela Universidade do Oeste de Santa Catarina, Administração e Direito pela Universidade do Sul de SC. Foi gerente e diretor do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), durante 27 anos. Iniciou a vida política aos 18 anos, quando foi eleito Vereador de Herval d’Oeste.

Pelo Partido Liberal (PL), elegeu-se deputado estadual à Assembleia Legislativa. O candidato foi reeleito três vezes pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Foi presidente da Alesc, e nessa condição, assumiu como governador interino entre 9 a 20 de outubro de 2009.

Em 2010, pelo PSDB, elegeu-se deputado federal, se reelegendo em 2014, pelo Partido da República (PR), depois passou a ser chamado de Partido Liberal. Nas eleições de 2018, Jorginho Mello foi eleito senador. Posteriormente foi líder no Senado. Em 30 de outubro de 2020 foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro como novo vice-líder do governo no Congresso.

O candidato nasceu em 15 de julho de 1956, em Ibicaré. Pai de Bruno e Felipe Freitas Mello.

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Veja as propostas

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