A um dia do fim do prazo, doze candidaturas ao Planalto já foram protocoladas
A candidatura de Pablo Marçal (Pros) segue indefinida, após racha no partido e processo na Justiça
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Em contagem regressiva para as eleições, doze candidaturas ao Palácio do Planalto foram oficializadas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). José Maria Eymael (DC) foi o último dos candidatos a fazer o registro na Corte Eleitoral. O fim do prazo de inscrições na Corte eleitoral é nesta segunda-feira (15), um dia antes do início oficial da campanha das Eleições 2022.
Mas o número pode reduzir para 11 – a candidatura de Pablo Marçal (Pros) segue indefinida, após racha no partido e processo na Justiça. Marçal tem a candidatura registrada no site do TSE. Inicialmente, o político teve o nome referendado pela legenda, mas uma decisão judicial alterou o comando do partido. Com a troca, a nova presidência, de Eurípedes Júnior, que é aliada a Lula (PT), decidiu revogar a indicação de Marçal.
A mudança provocou um racha no Pros. Marçal ainda recorre para manter a candidatura. Mas decisão do TSE da última quarta-feira (10) reforça o nome de Eurípedes no comando da sigla.
Caso a decisão do partido prevaleça, após julgamento de Marçal, as próximas eleições contarão com 11 nomes na disputa ao Planalto. Um número inferior aos dois últimos pleitos. Em 2018, as eleições contaram com 14 candidatos. Enquanto em 2014, foram 12 nomes.
Recursos
A diminuição no número de postulantes, no entanto, não foi acompanhada pelos recursos às campanhas. O Fundo Eleitoral direcionado para as próximas eleições chega aos R$ 4,9 bilhões – se somados os valores para todos os cargos. Em 2018, os partidos receberam R$ 1,7 bilhão.
O partido que mais terá recursos neste ano será o União Brasil, que conta com a candidatura de Soraya Thronicke. Serão 15,3% do total, equivalente a R$ 758 milhões.
Em seguida está o PT, que terá a candidatura de Lula. O partido soma R$ 500 milhões (10,1%).
Em terceiro vem o MDB de Simone Tebet, com R$ 360 milhões, o que representa 7,3% do fundo para campanhas em 2022.
Apesar do total, a Corte Eleitoral definiu que cada candidato poderá gastar R$ 88,9 milhões em primeiro turno e R$ 44,4 milhões em um eventual segundo turno.
Patrimônio
Na corrida eleitoral, os dez candidatos ao Planalto apresentaram propostas iniciais para o comando do Brasil e informaram os valores que possuem em bens e recursos. O patrimônio dos políticos também apresenta grande variação, indo de R$ 197, conforme foi informado pelo candidato Léo Péricles (UP), a R$ 24,6 milhões — do Felipe D’Ávila (Novo).
Veja o valor informado por cada um deles:
- Felipe D’Ávila (Novo) – R$ 24.619.627,66
- Pablo Marçal (Pros) – R$16.942.541,15
- Lula (PT) – R$7.423.725,78
- Ciro Gomes (PDT) – R$3.039.761,97
- Jair Bolsonaro (PL) – R$ 2.317.554,73
- Simone Tebet (MDB) – R$2.323.735,38
- Soraya Thronicke (União) – R$783.000,00
- Sofia Manzano (PCB) – R$498.000,00
- Vera Lúcia (PSTU) – R$8.805,00
- Léo Péricles (UP) – R$197,31
- Roberto Jefferson (PTB) – R$ 745.000
Eleições de 2022
Além dos candidatos ao Planalto, postulantes a outros cargos públicos também devem oficializar a participação junto ao TSE até segunda-feira (15). Até este domingo, 131 candidatos confirmaram a inscrição a governador. No Senado, foram 141 pedidos. Enquanto para deputados federais, foram 7.985; estaduais, 12.126; e distritais, 336.
O perfil dos eleitores será predominantemente feminino, com eleitorado de 53% – um total de 82,2 milhões de mulheres. Eleitores do gênero masculino correspondem aos 74 milhões – o equivalente a 47%. O número total de eleitores cresceu 6,21%, ultrapassando os 156 milhões. O eleitorado jovem também terá destaque no próximo pleito: o número de adolescentes de 16 e 17 anos que se inscreveram para votar bateu recorde. São 2,2 milhões de eleitores nessa faixa etária.
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