Retorno do La Niña pode afetar clima e agricultura em SC
A La Niña é um fenômeno climático que pode alterar padrões de chuva
• Atualizado
Após um ano sem a presença do fenômeno La Niña, especialistas indicam que o estado de Santa Catarina pode ser afetado por ele entre fevereiro e abril de 2025.
A La Niña é um fenômeno climático que pode alterar padrões de chuva e temperatura no Brasil, afetando a agricultura e a gestão de recursos hídricos em Santa Catarina.
A previsão é de uma La Niña de fraca intensidade e curta duração, mas ainda há incertezas sobre a permanência das temperaturas mais baixas e seus impactos. A confirmação do fenômeno depende do resfriamento contínuo das águas do Pacífico Equatorial, que já registraram uma queda de 0,7°C abaixo da média, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA).
Desde julho de 2024, especialistas da EPAGRI/CIRAM e da Defesa Civil de Santa Catarina monitoram esse resfriamento, que é um sinal do fenômeno. Nos últimos meses de 2024, o resfriamento se intensificou, e para que a La Niña se confirme, é necessário que a temperatura continue abaixo de -0,5°C por um período prolongado.
Impactos climáticos
Embora a La Niña normalmente cause estiagens, neste caso, espera-se que o impacto seja mais moderado. O fenômeno pode resultar em chuvas irregulares, com acumulados abaixo da média histórica, especialmente no Grande Oeste catarinense. O Oeste já enfrenta uma situação de chuvas irregulares desde o segundo semestre de 2024, com alguns índices de seca fraca a moderada registrados em dezembro, conforme o CEMADEN.
Preocupações
O Oeste catarinense, importante para a agricultura, pode ser um dos mais afetados. A irregularidade nas chuvas pode prejudicar as lavouras e dificultar a gestão da água nas propriedades. Embora as primeiras colheitas de milho tenham mostrado uma produtividade boa, a soja de segunda safra pode sofrer com a falta de água, já que o déficit hídrico pode prejudicar seu desenvolvimento. A continuidade da semeadura da soja depende da umidade do solo, e o acompanhamento da previsão do tempo será essencial para garantir o melhor momento para a semeadura.
Apesar de não se esperar uma La Niña de forte intensidade, a situação exige atenção constante. As autoridades recomendam que a população e os setores produtivos se preparem para eventuais mudanças climáticas, adotando medidas de gestão de água e prevenção a desastres naturais.
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