Estudo revela que El Niño e La Niña existem há 250 milhões de anos

Você sabia que os fenômenos climáticos de El Niño e La Niña, que causam estragos em várias partes do mundo, não são algo recente? Eles existem há pelo menos 250 milhões de anos, influenciando o clima do planeta, mesmo quando os continentes estavam em lugares bem diferentes. Um estudo recente da Universidade Duke revela que essas oscilações no clima não são novidade e, em alguns períodos, foram ainda mais intensas do que as que enfrentamos hoje.

Pesquisadores usaram modelos climáticos avançados para simular esses períodos distantes e descobriram que as variações de temperatura no Oceano Pacífico, responsáveis por alterar o clima global, já aconteciam em épocas muito antigas — mesmo com níveis de radiação solar e de CO₂ bem mais altos do que os atuais.

Como o El Niño e La Niña se formam?

Durante o Mesozóico, quando a América do Sul fazia parte do supercontinente Pangeia, os fenômenos ocorrendo no Oceano Panthalassa (o maior oceano da época) mostraram que essas oscilações fazem parte do sistema climático da Terra desde o início. Para os cientistas, dois fatores são essenciais para o comportamento desses fenômenos: a temperatura dos oceanos e os ventos atmosféricos. E, surpreendentemente, os ventos desempenham um papel muito mais importante do que se pensava na intensidade e duração das oscilações climáticas.

O que isso significa?

O estudo, que analisou 26 períodos de 10 milhões de anos usando modelos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), não só ajuda a entender como El Niño e La Niña afetaram o clima no passado, mas também fornece pistas valiosas para prever os impactos desses fenômenos no futuro.

*Com informações de MetSul

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