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268 Mortos

Seis anos de espera: 268ª vítima de Brumadinho é identificada

Maria de Lurdes era de São José do Rio Pardo (SP) e estava em Brumadinho para visitar o Instituto Inhotim

• Atualizado

Tamiris Flores

Por Tamiris Flores

Imagem: Reprodução / UOL
Imagem: Reprodução / UOL

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, nesta sexta-feira (7), a identificação de mais uma vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Os restos mortais encontrados na região pertencem à corretora de imóveis Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos. Com isso, sobe para 268 o número de pessoas identificadas na tragédia.

Mesmo após seis anos do desastre, os corpos de Tiago Tadeu Mendes da Silva e Nathália de Oliveira Porto Araújo ainda não foram encontrados. As buscas continuam sendo feitas pelo Corpo de Bombeiros, que já afirmou diversas vezes que só encerrará os trabalhos quando todas as vítimas forem localizadas.

Maria de Lurdes era de São José do Rio Pardo (SP) e estava em Brumadinho para visitar o Instituto Inhotim, um dos maiores museus de arte a céu aberto da América Latina. Ela se hospedava na Pousada Nova Estância, que foi completamente soterrada pelos rejeitos da barragem.

Na viagem, também estavam seu marido, Adriano Ribeiro da Silva, sua enteada Camila Taliberti e seu enteado Luiz Taliberti, que estava acompanhado da esposa, Fernanda Damian, grávida de cinco meses. Nenhum deles sobreviveu.

Busca por justiça

Familiares e amigos das vítimas seguem cobrando respostas e punições. A Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum) reforçou a importância da luta por justiça e homenageou Maria de Lurdes em uma postagem nas redes sociais.

A tragédia aconteceu em 25 de janeiro de 2019, quando a barragem da Vale se rompeu, despejando uma avalanche de lama tóxica na cidade. Ao todo, 272 vidas foram perdidas, incluindo dois bebês de mulheres grávidas. A maioria das vítimas eram funcionários da mineradora ou de empresas terceirizadas.

Até hoje, ninguém foi preso pelo crime. O processo, que inicialmente corria na Justiça estadual, foi transferido para a Justiça Federal, onde os réus ainda aguardam julgamento. No ano passado, o ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, conseguiu um habeas corpus e deixou de ser réu no caso.

*Com informações de Agência Brasil

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