Quiosques da Barra serão transformados em memória de Moïse Kabagambe
Prefeitura do Rio também vai repassar concessão do espaço para família do congolês
• Atualizado
A prefeitura do Rio de Janeiro vai reformar os quiosques Biruta e Tropicália, na Barra da Tijuca, para que os espaços funcionem como homenagem ao congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte, em 24 de janeiro, no local. A reforma quer trazer elementos da cultura africana para os espaços.
Segundo divulgação da Secretaria Municipal de Fazenda, feita neste sábado (05), a intenção é promover integração social e econômica de refugiados africanos. Os quiosques também serão reformulados para que se possa haver o comércio de comidas típicas africanas, músicas e artesatos.
Pouco depois do anúncio da medida, o prefeito Eduardo Paes (PSD), divulgou que irá passar a concessão do espaço para a família de Moïse Kabagambe. “Não a banalização da barbárie”, escreveu, em tom de celebração, em rede social.
O secretário de Fazenda, Pedro Paulo, disse que a morte de Moïse foi brutal e inaceitável. “A transformação do local busca ser uma reparação à família, uma oportunidade de inserção socioeconômica de refugiados, além de um ponto de transmissão da cultura africana. E um memorial em homenagem a Moïse Kabagambe”, declarou.
A morte de Moïse
O congolês Moïse Kabagambe foi espancado até a morte em 24 de janeiro. Ele foi a um dos quiosques para cobrar salários atrasados, mas os homens o agrediram e continuaram com o espancamento mesmo sem que ele reagisse.
Até agora, três homens foram presos pelas agressões que levaram à morte do congolês. A identidade deles não foi informada oficialmente pela polícia. O dono do bar prestou depoimento na delegacia da Barra da Tijuca e afirmou que os autores do crime não trabalham no local. Ele também disse, com exclusividade ao SBT, que Moïse era um menino bom, que não criava confusão.
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