COP28 começa nesta quinta-feira com pressão para conter crise climática
Entre os principais tópicos que devem ser discutidos na conferência está a queda da produção de combustíveis fósseis, essencial para diminuir as emissões de gases de efeito estufa
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A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28) começa nesta quinta-feira (30), em Dubai, nos Emirados Árabes. O evento, que acontece até 12 de dezembro, reúne chefes de Estado e diplomatas de 200 países, além de ativistas, líderes da indústria e indígenas. O principal objetivo é acordar novas metas para conter a crise climática, que já está mostrando os impactos no mundo com ondas de calor e chuvas sem precedentes.
Entre os principais tópicos que devem ser discutidos na conferência está a queda da produção de combustíveis fósseis, essencial para diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Isso porque apenas com a ampliação da energia verde o mundo conseguirá conter o aumento da temperatura global em 1,5ºC até 2100 — em relação aos níveis pré-industriais –, conforme o Acordo de Paris. A meta é alcançar emissões líquidas zero globais até 2050.
“A ambição global estagnou no ano passado e os planos climáticos nacionais estão surpreendentemente desalinhados com a ciência. Os combustíveis fósseis são a causa raiz das mudanças climáticas, e os impactos são sentidos em todos os lugares. Espero que os países na COP28 possam decidir sobre a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, com um prazo claro alinhado ao limite de aquecimento de 1,5°C”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.
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O apelo acontece no momento em que 2023 está a caminho de ser o ano mais quente, enquanto os últimos oito anos foram os oito mais quentes já registrados globalmente. O diplomata reforçou que o rápido aquecimento da Terra está acelerando o derretimento das geleiras na Antártida, Groenlândia e Himalaia, o que está impactando a biodiversidade marinha. O cenário também está fazendo com o nível do mar suba mais rápido, ameaçando cidades costeiras como Santos e Rio de Janeiro de ficarem submersas.
Na conferência, os países ainda discutirão o mercado de carbono e composição do fundo de Pernas e Danos, direcionado às populações impactadas por eventos climáticos extremos. A iniciativa chegou a ser debatida pelos países no ano passado, mas não saiu do papel. Outro ponto abordado será o financiamento climático, uma vez que os países desenvolvidos não estão cumprindo a promessa de destinar US$ 100 bilhões por ano para ajudar a conter a crise climática.
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